Teoria Tríplice da Delinquência | Proposta do Dr Zema que propõe conter o crime antes que ele aconteça

Published On: 22/05/2025 12:56

 Criminalista lança Teoria Tríplice da Delinquência e reacende o debate sobre o papel da ética e da cultura na prevenção à violência

A polarização política e o avanço da criminalidade impõem ao Brasil um desafio urgente: como restaurar a convivência pacífica sem abrir mão das liberdades individuais? Para o advogado criminalista José Maria da Silva Filho, mais conhecido como Dr. Zema, a resposta não está apenas na punição, mas na construção de uma nova consciência moral coletiva.

Com mais de 15 anos de atuação em casos de alta complexidade no Tribunal do Júri, o carioca Dr. Zema apresenta ao país a Teoria Tríplice da Delinquência (TTD), uma proposta que vai além da dogmática penal. Segundo ele, “não basta prender; é preciso entender por que alguém escolhe o mal, e como a sociedade colabora com essa escolha”.

A TTD propõe três pilares para compreender e prevenir a delinquência: a ausência de consciência moral, o colapso da vergonha social saudável e o desaparecimento do medo da punição justa. A partir dessa tríade, o autor oferece não apenas um diagnóstico das raízes do crime, mas caminhos possíveis para restaurar o tecido ético da sociedade.

“Minha teoria não é sobre repressão, é sobre reconstrução. Podemos continuar lotando presídios ou começar a restaurar consciências”, afirma.

O ponto mais sensível — e ao mesmo tempo mais revolucionário — da teoria é a reinterpretação do conceito de moral. Para Dr. Zema, a discussão moral foi sequestrada por discursos extremistas: de um lado, o moralismo autoritário; de outro, a negação completa da moral como se ela fosse sinônimo de opressão. “Mas a consciência moral que defendemos não é conservadora nem progressista — é civilizatória”, resume.

A teoria rejeita a ideia de que ter valores significa ser retrógrado. Ao contrário: aponta que valores internos sólidos — como empatia, vergonha de fazer o mal e temor das consequências justas — são o que tornam possível a convivência entre diferentes. “Num território dominado pela milícia ou pelo tráfico, não há diversidade, não há liberdade religiosa, não há respeito às minorias. Quando a moral se rompe, a barbárie avança”, alerta.

A proposta ganha ainda mais peso ao ser apresentada por alguém que conhece de perto as engrenagens da justiça criminal brasileira. Com sólida reputação entre juristas e advogados, Dr. Zema é tribuno experiente, com reconhecida eloquência no Tribunal do Júri. Além disso, é influenciador digital, analista político e ex-ativista social, com forte presença no debate público.

Aos 49 anos, casado e pai de três filhos, ele carrega o legado ético e intelectual de sua família: o pai, Maestro José Maria da Silva (in memoriam), e a mãe, Dona Argentina, que o formaram nos valores da disciplina, da cultura e do respeito ao próximo. “A minha teoria é fruto não só da minha vivência profissional, mas também da minha história de vida”, diz.

A Teoria Tríplice da Delinquência será lançada em formato de livro ainda neste ano e já começa a movimentar universidades, fóruns e grupos de estudos. A proposta é que o conteúdo ultrapasse os muros do Direito e dialogue com educadores, gestores públicos, religiosos e lideranças comunitárias.

“Não é uma teoria para ficar na prateleira. É para ajudar o Brasil a entender que liberdade plena só existe quando há compromisso ético com o bem-estar coletivo. Esse é o papel da nova consciência moral”, conclui.

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