Resumo
“Superman”, dirigido por James Gunn, é uma renovação do herói clássico, combinando ação, humor, relevância política e atuações marcantes de David Corenswet e Rachel Brosnahan, entregando um filme cativante e reflexivo para fãs antigos e novos.

A espera finalmente chegou ao fim, e o “Superman” de James Gunn não apenas cumpre as expectativas, como as coloca em outros patamares. Com uma visão fresca e audaciosa do Homem de Aço, Gunn entrega um filme que equilibra com maestria a ação eletrizante que os fãs esperam, um humor característico e sagaz, e uma surpreendente camada de comentários políticos que ressoam com o mundo atual.

Desde o anúncio do elenco, a ansiedade era palpável, e a escolha de David Corenswet como Clark Kent/Superman se mostra um acerto monumental. Corenswet personifica a dualidade do personagem com uma naturalidade impressionante, transmitindo tanto a gentileza desajeitada do jornalista quanto a imponência e a esperança inabalável do herói. Ao seu lado, Rachel Brosnahan entrega uma Lois Lane espirituosa, inteligente e profundamente humana, cuja química com Corenswet é inegável e fundamental para a dinâmica da trama. O restante do elenco, incluindo nomes como Nicholas Hoult (Lex Luthor), Skyler Gisondo (Jimmy Olsen) e Nathan Fillion (Guy Gardner/Lanterna Verde), brilha intensamente, cada um contribuindo para a riqueza e a complexidade do universo que Gunn está construindo.

A trama tecida por Gunn é um deleite para os fãs de longa data e um ponto de entrada convidativo para novos espectadores. Longe de ser apenas mais uma história de origem, o filme mergulha em questões contemporâneas, explorando temas como a responsabilidade do poder, a influência da mídia e a busca pela verdade em um mundo saturado de desinformação. O tom político, sutilmente inserido na narrativa, confere ao filme uma relevância que o transcende o mero entretenimento de super-heróis, convidando à reflexão sem, contudo, perder o foco na aventura e no heroísmo inspirador de Superman.

Em meio a um elenco estelar e uma trama envolvente, há um astro canino que rouba a cena sempre que aparece: Krypto, o Supercão. Com sua lealdade inabalável e seus próprios superpoderes, Krypto adiciona uma camada extra de charme e humor ao filme. Preparem-se para ter o coração derretido e para soltar boas risadas com as travessuras do melhor amigo de quatro patas do Superman.

Em suma, o “Superman” de James Gunn é um triunfo. É um filme que honra o legado do personagem, ao mesmo tempo em que o reinventa para uma nova era. James Gunn não apenas fez um filme de super-heróis; ele entregou um evento cinematográfico que irá encantar e emocionar o público por muito tempo.

(*) Rodrigo James é jornalista, criador de conteúdo e publica semanalmente a newsletter MALA com notícias, críticas e pensatas sobre cultura pop e entretenimento.