“Jogada política calculada”, retórica e “não uma reviravolta”: o que quer dizer Trump com o novo anúncio sobre a Rússia
Depois do envolvimento-relâmpago dos Estados Unidos na guerra contra o Irão (na Operação Martelo da Meia-Noite), o grupo MAGA (“Make America Great Again”), a base de apoiantes de Donald Trump que lhe valeu a eleição, mas que é também mais isolacionista, não virou as costas ao Presidente republicano. Pelo contrário, terá reduzido a estranheza quanto a uma possível mudança de perspetiva sobre a guerra na Ucrânia. Paralelamente, Donald Trump foi-se impacientando com Vladimir Putin, com quem, até abril, mantinha uma relação amigável. (Embora tenha, naquela circunstância, estabelecido um prazo de duas semanas, só quase três meses depois o Presidente norte-americano terá perdido finalmente a paciência.)
Na Sala Oval, onde recebeu Mark Rutte, o secretário-geral da NATO, Trump admitiu, ao fim de alguns meses, que estava “muito descontente” com a Rússia. “Vamos aplicar ‘tarifas’ muito severas se não chegarmos a um acordo no prazo de 50 dias”, declarou. Esta medida — é uma das abordagens escolhidas para aplicar pressão sobre Moscovo, mas não é a única — é definida por Trump como “tarifas secundárias”, que serão de 100%.
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