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Bruna Tavares contou que o excesso de pele nas pálpebras “atrapalhava meu trabalho”, dificultando a aplicação de maquiagem. Já Laís Caldas passou por uma manutenção da blefaroplastia em 2024 para corrigir a flacidez como parte complementar de outro procedimento facial. O movimento de famosas que assumem as intervenções estéticas com naturalidade ajuda a quebrar o tabu em torno das cirurgias plásticas e contribui para o crescimento da técnica no Brasil.

A blefaroplastia lidera o ranking mundial de cirurgias plásticas e, no Brasil, é o procedimento facial mais realizado, superando até mesmo aplicações de ácido hialurônico feitas por cirurgiões plásticos. Segundo o cirurgião plástico Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), “a cirurgia é indicada tanto para fins estéticos quanto funcionais, pois a flacidez excessiva pode comprometer o campo visual”.

O especialista explica que a técnica visa rejuvenescer a área ao redor dos olhos, retirando o excesso de pele e gordura das pálpebras superiores e inferiores, com possibilidade de reposicionar estruturas ou preencher sulcos.

“O crescimento da blefaroplastia reflete uma mudança de percepção estética global: mais do que parecer jovem, as pessoas buscam um olhar mais leve, descansado e expressivo. A área dos olhos é uma das primeiras a demonstrar sinais de envelhecimento, e a recuperação costuma ser rápida, com resultados naturais”, destaca Wellerson Mattioli, cirurgião plástico e diretor da Clínica Moderna Sculpt.

Beatriz Lassance, cirurgiã plástica e membro da SBCP, ressalta que a visão sobre o procedimento também evoluiu: “Por muitos anos, a blefaroplastia era vista apenas como uma técnica para retirar o excesso de pele ou bolsas sob os olhos. Hoje ela é altamente personalizada e considera uma avaliação global do olhar.”

Segundo os especialistas, a cirurgia pode ser combinada com lifting facial, lifting de sobrancelhas ou cantopexia (sustentação do canto lateral dos olhos), além de tratamentos a laser e tecnologias de radiofrequência para melhorar a qualidade da pele. Em alguns casos, pequenas quantidades de gordura são reposicionadas ou enxertadas para dar suporte ao contorno ocular.

Apesar de ser considerada segura, a blefaroplastia, como toda cirurgia, tem riscos, como hematomas, infecção, assimetrias e dificuldade temporária para fechar os olhos. “Por isso é essencial que o procedimento seja realizado por um cirurgião plástico habilitado e com experiência na região periocular”, ressalta Mattioli.