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terça-feira, 30 abril, 2024 - 06:19 AM
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Odontologia do HRT oferece atendimento especializado a pessoas com Down

Serviço diferenciado garante o retorno dos pacientes especiais

Pacientes com síndrome de Down contam com atendimento especializado no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Com a assistência humanizada, os profissionais cativam os pacientes e conseguem resultados que representam grandes avanços.

“Quando você vê o resultado em uma família que não tinha o hábito de cuidar da saúde bucal do paciente, pela dificuldade que, muitas vezes, existe, e é esse paciente quem começa a chamar para escovar os dentes, é muito motivador. Perceber que estamos devolvendo qualidade de vida é gratificante. Acho que é um dom, algo que vai além de mim”, descreve a odontóloga Andreia de Aquino Marsiglio.

Foto: Mariana Raphael/Saúde-DF

Ela é uma das profissionais da equipe que cuida da saúde bucal do Ricardo Luís da Silva, de 42 anos. Com síndrome de Down, Ricardo, logo que chegou ao consultório odontológico, demonstrou alegria em estar ali. Abraços não faltaram, nem elogios a todos que estavam à sua volta, fossem conhecidos ou desconhecidos.

Acompanhante e amiga, Ângela Sobreira conta que “para ir ao dentista ele faz questão de fazer a barba, vestir uma roupa bonita que ele próprio escolhe e passar perfume para ficar cheiroso. Ele é supercuidadoso com a higiene, escova os dentes sempre após às refeições. Não precisa pedir”. Ricardo recebe atendimento no HRT há mais de 20 anos, e continua a frequentar as consultas periódicas pré-agendadas ou conforme a necessidade diagnosticada.

CUIDAR DESDE BEBÊ – A dentista explica que é muito mais fácil uma pessoa com deficiência se adaptar às consultas, quando as visitas acontecem desde criança, como é o caso do Raul, de dois anos e seis meses. A mãe, Sofia Lisboa, e o pai, Riller Cavalcanti, levam Raul ao dentista desde antes de os dentes nascerem.

Foto: Mariana Raphael/Saúde-DF

“Nós precisávamos de orientação sobre como proceder e o que esperar nessa fase de nascimento dos dentinhos, e também para que ele pudesse, desde cedo, se familiarizar com o ambiente. Descobrimos que o HRT oferecia esse serviço para pessoas com Down através de conhecidos. Se não fosse esse serviço, teríamos que buscar a rede privada e, mesmo assim, é muito difícil achar profissionais que atendam pessoas especiais”, explica Sofia. Esta foi a primeira visita de Raul ao dentista, depois de oito meses, quando esteve em tratamento contra a leucemia, já superada.

Encontrar profissionais especializados para trabalhar com pacientes com deficiência também foi uma dificuldade para Reginaldo Cândido de Lima. Desde o falecimento de sua mãe, ele cuida do irmão Paulo, de 18 anos, que tem síndrome de Down.

Ele conta que, entre 2005 e 2013, Paulo recebeu atendimento no HRT e, depois, durante a doença que levou a mãe a óbito, a família não conseguiu continuar o tratamento odontológico.

“Um tempo atrás, eu procurei por dentistas particulares, mas não encontrei quem aceitasse atender o Paulo, quando sabiam que ele era Down, embora ele seja calmo e obediente”. Paulo, reiniciou o acompanhamento odontológico no CEO-HRT e como também recebeu atendimento desde criança, foi colaborador durante a realização dos procedimentos necessários.

Foto: Mariana Raphael/Saúde-DF

ATENDIMENTO NO DF – Quem precisa de atendimento para pessoas com deficiência basta ir à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa e solicitar o atendimento junto à equipe de saúde bucal. Caso haja necessidade, o paciente será encaminhado ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) de sua região.

Atualmente, a Secretaria de Saúde conta com 22 dentistas voltados para atenção especializada, distribuídos pelos CEOs. No ano passado, foram realizados 39.651 procedimentos odontológicos em pessoas com deficiência no DF.

ACESSO – De acordo com o Responsável Técnico Administrativo (RTA) da unidade, Wagner Gomes Reis, no HRT são oferecidos, para a população em geral, os tratamentos de canal, periodontia, cirurgia oral menor ou dos dentes do siso, pequenos tumores benignos, cistos e outros.

Para esses casos, os pacientes devem ser encaminhados pelas UBSs, via sistema de regulação. Também há o serviço de pronto-socorro para o paciente que chega com dor ou rosto inchado. Além disso, o hospital dispõe de uma odontóloga que realiza trabalho regular em UTI, fazendo higienização oral dos pacientes para diminuir o número de bactérias, o que ajuda na recuperação.

Em parceria com a Endocrinologia, são atendidos pacientes com diabetes tipo 1, insulinodependentes e também tem parceria com a Oncologia, onde são recebidos os pacientes com prioridade para realizar o tratamento dentário. Há, ainda, a restauração comum (dentística) para pacientes que não podem ser atendidos nos centros de saúde, tais como os cardíacos, oncológicos, renais crônicos e com outras enfermidades sistêmicas graves.

Josiane Canterle, da Agência Saúde

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