Senadora critica ausência do Ministério da Saúde em audiência sobre doenças raras

Publicado em: 11/08/2025 11:25

Damares Alves vai solicitar audiência com o ministro Alexandre Padilha para tratar do tema

Em audiência pública que debate os desafios dos portadores de doenças raras diagnosticados já na vida adulta, realizada nesta segunda-feira (11), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) criticou a ausência de representante do Ministério da Saúde no encontro e disse que vai pedir solicitar encontro com o ministro Alexandre Padilha para debater o tema.

A declaração ocorreu após palestra da médica neurologista Fernanda Ferraz, que apontou falhas nos protocolos do Sistema Único de Saúde (SUS) para identificação e atendimento dos pacientes de Esclerose Múltiplica e Neuromielite Óptica, bem como a dificuldade de acesso a medicamentos.

Para a senadora, a ausência do Ministério denota falta de compromisso com a pauta. “Eu tenho pessoas que vêm doentes, de outros estados, com problemas seríssimos de mobilidade. Aí o coordenador da área não pode vir, estando a 100 metros da gente”, criticou.

Também participam do encontro o neurologista do Centro de Referência em Doenças Raras da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Hamilton Cirne; a psicóloga clínica Marcela Borges Mustefaga; a presidente do Instituto Mara Gabrilli (IMG), Elisabeth Ribeiro; e a presidente da Associação de Pessoas com Esclerose Múltipla e Doenças Raras (Apemigos), Ana Paula Morais da Silva.

Debate

Estima-se que, no Brasil, cerca de 13 milhões de pessoas tenham alguma doença rara, de acordo com o Ministério da Saúde., o que representa aproximadamente 5% da população.

As doenças raras incluídas no debate, de acordo com o requerimento (REQ 40/2025 – CAS), são as que, de natureza neurológica e autoimune, provocam impactos profundos na vida dos pacientes, afetando sua autonomia, capacidade de trabalho e convivência social.

Diagnosticadas muitas vezes após um longo período de sintomas e incertezas, essas condições exigem acompanhamento contínuo, acesso a medicamentos de alto custo, suporte psicossocial e reabilitação.

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