Por que o Flamengo tem sofrido tanto no segundo tempo, mesmo quando ganha

Publicado em: 14/08/2025 12:22

(UOL/FOLHAPRESS) – Mesmo quando vence, o Flamengo tem mostrado duas caras. Domínio e controle no primeiro tempo. Queda de produtividade e uma dose de sufoco no segundo.

Foi esse o roteiro contra o Internacional, no jogo de ida das oitavas da Libertadores. Menos mal para o Flamengo que a vitória e a vantagem mínima de 1 a 0 prevaleceram no Maracanã.

Mas o desajuste do time nas segundas partes dos jogos recentes já acendeu um alerta. E até Filipe Luís reconheceu isso.
Aconteceu contra os gaúchos, mas também contra Atlético-MG, Mirassol e Ceará, para citar a agenda das últimas semanas.

O técnico do Flamengo ainda não tem todas as respostas para isso, embora se defenda ressaltando o equilíbrio do futebol brasileiro. E não é só uma questão de parte física.

Uma hipótese levantada por Filipe Luís é a seguinte: o time vem tão bem no primeiro tempo que o técnico adversário muda no intervalo.

E aí, como o Flamengo volta igual e sem saber o que foi dito no vestiário vizinho, tem encontrado dificuldades de se adaptar com o jogo rolando.

Filipe Luís também disse que é irreal achar que o Flamengo vai golear sempre, em todas as partidas.

“Difícil diagnosticar. São vários fatores. É muito difícil para um treinador quando você faz um primeiro tempo quase perfeito, com poucos erros e poucos ajustes a fazer em cima do que aconteceu. E sabendo que o outro treinador vai mudar. Só que eu não sei o que ele vai fazer, qual sistema, trocas, o que vai acontecer. Então, não tenho que falar o que vai acontecer para os jogadores, e eles mesmo precisam resolver dentro do campo. E leva tempo. Mas uma das coisas é isso. O técnico adversário muda no segundo e, até encontrar o equilíbrio, passam minutos”, disse Filipe Luís.

JOGO VIVO ATÉ O FIM

Tem mais uma questão. Esse desnível do primeiro para o segundo tempo, contra o Inter e o Mirassol, aconteceu com o Flamengo já em vantagem. Aí, o time tende a se fechar para sustentar o placar.

Sem uma vantagem elástica dentro do jogos, o Flamengo fica sujeito a tropeçar, caso aconteça um lance fortuito.

Diante dos cearenses, a queda de produção no segundo tempo virou um empate -Rossi errou no escanteio.

Com o Galo, no jogo de ida da Copa do Brasil, houve erro de Léo Pereira na saída de bola que gerou gol adversário.

Na volta, o jogo virou uma trocação. O Flamengo teve chances, mas ficou muito perto de tomar gol. A trave fez com que o jogo fosse para os pênaltis.

Diante do Mirassol, o Flamengo ganhou, mas o jogo ficou tenso até o último minuto.

A leitura contra o Inter também teve como componente o desempenho técnico individual. O Flamengo errou passes e acelerou demais o jogo quando retomava a bola no segundo tempo.

Filipe Luís chegou a dizer que o time “se partiu” ao não controlar mais o jogo e fazer uma construção mais coordenada.

O próximo jogo para tentar jogar bem por inteiro é contra o próprio Inter, pelo Brasileiro.

“Somos os líderes. Temos que defender a nossa colocação. Vamos ver como a gente se prepara, quem se recupera bem para jogar domingo e ir para vencer os dois jogos”, disse Filipe Luís, mencionando também a volta da Libertadores, quarta que vem, contra o mesmo adversário.

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Folhapress | 10:00 – 14/08/2025

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