Câmara Legislativa decide em 19 de agosto sobre compra do Banco Master pelo BRB
Operação de R$ 2 bilhões, que amplia a força do BRB no cenário nacional, deve beneficiar o Distrito Federal com mais dividendos para saúde, educação e infraestrutura
Nesta terça-feira (19), o Colégio de Líderes da Câmara Legislativa do Distrito Federal discute a lei autorizativa que permitirá ao Banco de Brasília (BRB) adquirir 58% do Banco Master. A operação, avaliada em R$ 2 bilhões, é considerada um marco na história do BRB, que pela primeira vez comprará outra instituição financeira. O presidente do banco, Paulo Henrique Costa, participa da sessão para detalhar os impactos do negócio.
A aquisição consolida o BRB como um dos principais players do sistema financeiro nacional, ampliando sua escala e competitividade. Com a conclusão da operação, prevista para esta quarta-feira (20), a instituição passará a atender 15 milhões de clientes, administrando R$ 112 bilhões em ativos, R$ 72 bilhões em carteira de crédito e mais de R$ 100 bilhões em captações.
Oposição tenta politizar debate
Apesar da relevância estratégica da aquisição, partidos da oposição, como PT e PSB, buscam transformar o tema em embate eleitoral. As siglas, que governaram o DF em períodos marcados por escândalos envolvendo o BRB e prisões de diretores, agora tentam frear uma operação que, segundo especialistas, trará ganhos para a instituição e para a população do Distrito Federal.
BRB: de banco regional a gigante nacional
Nos últimos seis anos, sob a gestão do governador Ibaneis Rocha, o BRB passou de um banco restrito ao crédito consignado para servidores públicos a uma instituição competitiva em nível nacional. Em 2024, o banco registrou ativos de R$ 48 bilhões e lucro líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão, números que refletem solidez e crescimento.
A compra do Banco Master reforça essa trajetória. A operação foi estruturada para reduzir riscos: o BRB absorverá apenas um terço dos ativos considerados saudáveis do Master, capazes de gerar R$ 1,5 bilhão em lucros adicionais nos próximos cinco anos. O dono do Master, Daniel Vorcaro, ficará de fora da gestão, e o pagamento será diluído em até oito anos, com recursos bloqueados para cobrir eventuais passivos não identificados.
Garantias jurídicas e aval de órgãos reguladores
A transação já recebeu o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que não identificou riscos à concorrência. Além disso, o Banco Central autorizou o aumento de capital do Master em R$ 1 bilhão, elevando-o para R$ 4,763 bilhões — etapa essencial para a conclusão do negócio.
Mais dividendos para o DF
Com o fortalecimento do BRB, o Distrito Federal deve ser diretamente beneficiado por meio de dividendos que poderão ser investidos em áreas estratégicas, como saúde, educação e infraestrutura.
A tentativa de setores da oposição de criticar a operação contrasta com o passado de gestões que, segundo registros, deixaram o banco envolvido em escândalos de corrupção. Hoje, o BRB é motivo de orgulho para Brasília, consolidando-se como uma instituição sólida, lucrativa e competitiva no cenário nacional.
Informações Portal RadarDF