Caiado mostra firmeza e liderança ao defender coerência no União Brasil
Decisão de Ronaldo Caiado de cobrar alinhamento interno e expulsar ministro de Lula evidencia um reposicionamento estratégico e moral dentro da política nacional
Em tempos de conveniências políticas e alianças que se moldam ao sabor do poder, a postura de Ronaldo Caiado surge como um raro exemplo de coerência e firmeza. Ao anunciar que a Executiva Nacional do União Brasil se reunirá para decidir sobre a expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, o governador de Goiás deixa claro que o partido não pode ser palco de contradições nem abrigo para quem flerta com governos ideologicamente opostos às suas diretrizes. A atitude de Caiado não é apenas um ato de disciplina partidária, mas uma reafirmação de valores em um cenário em que coerência se tornou artigo de luxo.
Desde que o União Brasil deliberou pelo rompimento com o governo Lula, esperava-se que seus quadros seguissem a decisão, respeitando a unidade e a identidade política da sigla. Sabino, ao insistir em permanecer no cargo, afronta não apenas a direção partidária, mas o próprio eleitorado que vê na legenda um contraponto à atual gestão federal. Em política, a lealdade institucional é tão importante quanto a eficiência técnica, e a insistência do ministro em manter-se no posto beira a infidelidade, um comportamento que enfraquece o partido e alimenta a desconfiança popular.
Caiado, por sua vez, age com o pulso de quem compreende o peso de liderar. Sua trajetória o credencia como uma das vozes mais lúcidas da política brasileira atual, e seu gesto de exigir coerência não é um movimento isolado: é o reflexo de um projeto maior de reposicionar o União Brasil como força de centro-direita comprometida com a responsabilidade fiscal, a gestão eficiente e o respeito ao eleitor. Ao cobrar disciplina, o governador também dá um recado ao país: partidos não são clubes de conveniência, mas instituições que devem representar ideias e compromissos.
É evidente que essa decisão incomoda setores acostumados com a política de conchavos e trocas de favores, mas o gesto de Caiado é justamente o oposto disso. Sua condução reafirma que o União Brasil precisa ter lado, coerência e propósito. Em um momento em que o governo federal tenta cooptar apoios por meio de cargos e emendas, resistir à sedução do poder é um ato de coragem e convicção.
Se o partido realmente consolidar a expulsão de Sabino e dissolver o diretório estadual no Pará, estará enviando um sinal inequívoco de que não há espaço para quem relativiza compromissos. Essa depuração interna é necessária para que a legenda recupere a confiança do eleitor e se apresente como uma alternativa sólida nas eleições de 2026.
Ronaldo Caiado não apenas defende a coerência, ele a pratica. Em meio à confusão ideológica e à falta de referências éticas que marcam a política contemporânea, sua postura representa um resgate do que há de mais essencial na vida pública: a fidelidade aos princípios. É esse tipo de liderança que o Brasil precisa, e é essa firmeza que diferencia quem apenas ocupa cargos de quem, de fato, constrói caminhos.