
Soberano Opina | A opinião que se impõe
Por Cláudio Ulhoa
Lula gasta milhões com likes e acha que o povo é otário
Governo dobra verba em propaganda digital para “furar bolha”, mas afunda mesmo é o bolso do contribuinte
Por Cláudio Ulhoa
Em um Brasil onde faltar remédio no posto de saúde virou rotina e o preço da carne dá saudade até do miojo, o governo Lula decidiu investir onde realmente importa: no TikTok. Sim, você não leu errado. Em pleno 2025, ano pré-eleitoral, a gestão petista resolveu meter a mão fundo no bolso do pagador de impostos, que já anda furado, para bancar propaganda nas redes sociais. A justificativa? “Furar a bolha”. Mas a bolha que eles estão estourando, na prática, é a da paciência do brasileiro.
De janeiro pra cá, já foram R$ 69 milhões torrados com conteúdo digital. Isso mesmo: 110% a mais do que no mesmo período do ano passado. E se engana quem acha que é pra divulgar vacina, educação ou combater fake news. Que nada! É para contratar “influencers”, alguns, inclusive, que mal influenciam a própria família. Destaque especial para João Kléber, ex-mestre do “Teste de Fidelidade”, que agora testa mesmo é a fidelidade do contribuinte ao bom senso.
Cachês? Na faixa de R$ 20 mil por campanha. Mas calma, tem mais! Também botaram o ministro Fernando Haddad para bater papo com influencers do mercado financeiro. Não sabemos se convenceram alguém, mas pelo menos gerou um conteúdo que deve ter dado umas 12 curtidas e um comentário dizendo “kkkk”.
E pra quem acha que isso é só estratégia moderna, não se engane. Essa tática é mais velha que fila do INSS. Vem dos tempos da “era Pepper”, a agência de publicidade amiga da estrela vermelha, que já faturava horrores nos tempos de Dilma. Agora, em 2025, parece que a mesma receita foi ressuscitada com nova roupagem digital e o mesmo cheirinho de campanha eleitoral disfarçada.
Enquanto isso, a turma que se dizia contra “milícias digitais” agora enche os chats de veículos independentes com robôs, perfis de gato, avatar de árvore e zero seguidor, todos com respostas sincronizadas defendendo o governo como se tivessem saído de um coral de spam.
A desculpa do momento? “Aproximar-se do centro e da centro-direita”. Curioso, porque nenhum influenciador de direita de fato foi visto nessa farra com verba pública. Deve ser o tipo de centro que só existe no GPS ideológico do PT, que, aliás, não costuma reconhecer muito bem onde está, exceto quando é na lista de pagamento das agências amigas.
E o mais irônico é que tudo isso acontece sob silêncio sepulcral da grande mídia, aquela mesma que esbravejou quando o governo anterior pagou um jornalista para falar de trânsito. Mas agora, com milhões escorrendo para likes e danças ensaiadas, parece que está tudo certo. Afinal, se for Lula quem assina o cheque, vira “comunicação estratégica”.
Preparem-se, amigos. Vem aí uma eleição que será disputada também por dancinhas, paródias, trends e reels pagos com nosso suado dinheiro. O Brasil pode até estar quebrado, mas o algoritmo do Instagram vai estar bombando.