Paul Gascoigne revela que voltou dos "mortos": "Dopado para cara***"

Publicado em: 19/10/2025 13:38

O jornal britânico Mirror publicou, neste domingo, a segunda parte de uma longa entrevista concedida por Paul Gascoigne, na qual o ex-jogador da seleção inglesa “abriu o jogo” sobre ter sido internado contra a própria vontade, em 2013, em uma clínica de reabilitação no estado do Arizona, nos Estados Unidos.

Conhecido no mundo do futebol pela alcunha “Gazza”, Gascoigne chegou a passar 18 dias em coma induzido por conta da dependência do álcool. Agora, ele revelou que precisou até ser reanimado após complicações durante uma cirurgia.

“Olhando para trás, para o que aconteceu no Arizona, quando eu morri na mesa de operações, aquilo foi realmente assustador. Os médicos disseram que conseguiram me ressuscitar. Eu voltei a mim completamente dopado. Eventualmente, peguei o celular para ligar para minha família e disse: ‘Está tudo bem, sobrevivi, me recuperei’”, contou.

“Lembro-me sempre de voltar a Newcastle e ver uma mulher na rua. Ela parou, ficou me olhando, quase desmaiou. Me disse: ‘Achei que você tivesse morrido’. Eu respondi: ‘Claro que não estou morto, p***’. Mais tarde, descobri que as pessoas estavam recebendo mensagens nos estádios dizendo que eu tinha morrido. Por isso é que a mulher pareceu ter visto um fantasma”, prosseguiu.

“Digo a vocês: se tivesse ido para qualquer outra clínica de reabilitação, acho que teria morrido. Não lembro de muita coisa depois daquilo. Quando tenho uma recaída, lido com ela de frente, porque quero sentir a dor. No Arizona, foi assustador, mas não senti os efeitos, porque estava dopado. Fiquei mais duas semanas por lá. Ainda volto, de vez em quando, mesmo quando estou bem, só para me lembrar de como eu estava mal”, completou.

Alex Ferguson deixou marcas: “Foi como estar no exército e ser repreendido por um sargento”

Na mesma entrevista, Paul Gascoigne (hoje com 58 anos) relembrou o agitado verão de 1988, quando deixou o Newcastle para jogar no Tottenham por cerca de cinco milhões de euros, depois de quase ter fechado contrato com o Manchester United — decisão influenciada pelo pai, John.

“Recentemente, voltei a Old Trafford, e o Fergie [Sir Alex Ferguson, então técnico do United] me deu uma bronca por causa disso. Ele disse: ‘Não consigo acreditar que você me disse para sair de férias e relaxar e, depois, assinou com o Spurs. Foi como estar no exército e ser repreendido por um sargento’”, relatou.

“Terry Venables [com quem jogou no Tottenham] foi para o Barcelona e adorou, então me disse que eu deveria tentar jogar no exterior. Eu não teria ido para a Lazio se tivesse assinado com o Manchester United. Me casei e me divorciei, decepcionei minha família às vezes, mas, no geral, há poucas coisas das quais me arrependo. Não vale a pena olhar para trás desse jeito”, concluiu o ex-meia, que encerrou a carreira em 2004, atuando pelo Boston United.

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