Jovem que acreditava ser Madeleine é condenada por assédio aos McCann

Publicado em: 07/11/2025 14:37

Nesta sexta-feira (7), Julia Wandelt, jovem polonesa que acreditava ser Madeleine McCann, foi considerada culpada pela Justiça do Reino Unido por assédio aos pais da menina desaparecida na praia da Luz, em Portugal, em 2007.

A jovem, que se declarou inocente, escondeu o rosto entre as mãos ao ouvir o veredito e chorou.

A sentença poderá chegar a um máximo de seis meses de prisão, mas a BBC noticiou que Wandelt deverá ser deportada, já que a jovem deixou a Polônia e viajou até o Reino Unido, onde os McCann vivem.

A cúmplice, Karen Spragg, uma sexagenária originária de Cardiff acusada de ter ajudado Wandelt, foi totalmente absolvida.

Wandelt, de 24 anos, foi presa no aeroporto de Bristol, no Reino Unido, em fevereiro, e foi acusada de quatro crimes de perseguição por ter telefonado e escrito repetidamente a Kate e Gerry McCann entre junho de 2022 e fevereiro de 2025, e de se ter deslocado à residência da família em Rothley, perto de Leicester, centro da Inglaterra. Foi também acusada de enviar mensagens através das redes sociais aos gêmeos, Sean e Amelie. 

Após um julgamento de cinco semanas no tribunal criminal de Leicester, o júri absolveu Julia Wandelt da acusação de perseguição, que, na legislação britânica, corresponde ao ato de seguir alguém ou de se dirigir à sua casa de forma não solicitada e obsessiva, mas declarou-a culpada de assédio.

Em 2023, Wandelt alegou no Instagram ser a menina desaparecida, mas um teste de DNA provou que não tinha qualquer ligação com a família.

Madeleine McCann desapareceu em 3 de maio de 2007, poucos dias antes de fazer quatro anos, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gêmeos, mais novos, em um apartamento de uma região turística, na Praia da Luz.

Por que acredita Julia que é Maddie?

Nos últimos dois anos, Julia alegava ser ela a menina britânica que desapareceu em Portugal. Em um dos seus testemunhos em tribunal, a jovem explicou quando e porque é que começaram a surgir as dúvidas quanto à sua própria identidade.

“A minha mãe tem cabelo e olhos castanhos. O meu pai tem cabelo escuro, agora grisalho, mas era escuro, e olhos castanhos também”, disse Wandelt, que tem cabelo e olhos claros e cujas memórias, segundo a própria, só começaram a partir dos oito, nove anos.

Apesar de pedir para ver as suas fotografias de infância, durante vários anos, Wandelt disse que os seus pais sempre se recusaram a mostrar-lhe as imagens e em uma época em que começou a acreditar ser adotada e ter pedido para fazerem um teste de DNA, este também lhe foi recusado.

A jovem contou ainda em tribunal que foi abusada por um familiar idoso, e que o seu pai comentou com ela que esse homem, em tempos, chegou a raptar uma pessoa. Terá sido isto que levou à etapa seguinte da sua investigação: começar a verificar dados de base de pessoas desaparecidas, na procura por alguém com caraterísticas semelhantes às suas. E foi aí que encontrou a imagem de Maddie.

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Notícias ao Minuto | 07:25 – 07/11/2025


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