Justiça francesa autoriza libertação de Sarkozy após 20 dias preso
O Tribunal de Paris aceitou o pedido de libertação de Nicolas Sarkozy, que deve deixar a prisão ainda nesta segunda-feira, após 20 dias detido.
De acordo com a emissora BFMTV, o ex-presidente francês será libertado sob supervisão judicial, o que significa que precisará cumprir uma série de medidas determinadas pela Justiça. Ele está proibido de manter contato com pessoas ligadas ao processo, incluindo o ministro da Justiça, Gérald Darmanin.
Na França, a supervisão judicial equivale ao termo de identidade e residência, mas inclui restrições adicionais, como a obrigação de se apresentar periodicamente às autoridades, a proibição de contato com determinadas pessoas ou de deixar o país.
Sarkozy foi preso após ser condenado por envolvimento em um esquema de financiamento ilegal da campanha presidencial de 2007, que teria recebido recursos do então líder líbio Muammar Kadafi.
Durante a audiência, realizada por videoconferência nesta segunda-feira (10), o ex-presidente afirmou ser vítima de “manipulação” e descreveu o período de prisão como “muito difícil” e “um pesadelo”.
O Ministério Público francês também se manifestou a favor da libertação sob supervisão judicial, reconhecendo que não há risco de fuga.
Em setembro, o Tribunal Penal de Paris concluiu que Sarkozy tinha conhecimento de que seus assessores solicitaram financiamento ao regime líbio. Ele foi condenado a cinco anos de prisão, mas recorreu da sentença, alegando motivação política e “ódio pessoal”.
Nicolas Sarkozy, que governou a França entre 2007 e 2012, tornou-se o primeiro ex-chefe de Estado francês e da União Europeia a ser efetivamente preso. Ele estava detido em uma cela individual de nove metros quadrados em uma prisão de segurança máxima em Paris.
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