Cappelli entra na mira do Senado por suspeita de uso de ABDI para benefício político
Senadora quer esclarecimentos sobre suposta estrutura eleitoral montada por Ricardo Cappelli dentro da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) protocolou, nesta sexta-feira (14), um requerimento direcionado ao Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, pedindo explicações sobre denúncias de uso político da máquina pública envolvendo o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli. A parlamentar quer respostas formais sobre suspeitas de que o dirigente teria montado uma estrutura de comunicação para fins eleitorais dentro da própria Agência.
O caso foi revelado por reportagem do portal Diário do Poder, que aponta relatos de ex-integrantes da ABDI e mensagens internas atribuídas a um grupo coordenado pelo gerente de marketing Bruno Trezena. Segundo a publicação, esse núcleo seria responsável por um suposto “bunker político” instalado no Setor Comercial Sul, em Brasília, operando paralelamente às funções institucionais da Agência. Cappelli é pré-candidato ao Governo do Distrito Federal.
No requerimento, Damares afirma que cabe ao MDIC garantir que a ABDI atue exclusivamente dentro de sua missão institucional, com “transparência, integridade, responsabilidade e total separação entre funções públicas e interesses político-eleitorais”. Por isso, a senadora cobra informações sobre eventuais investigações internas em andamento, além de normativos adotados para coibir o uso político da estrutura pública.
A parlamentar solicita ainda acesso a todos os contratos de publicidade firmados pela Agência nos últimos 24 meses, bem como aos dados sobre orçamento e execução orçamentária da área de comunicação.
O uso de órgãos públicos para benefício pessoal ou político é proibido por lei e pode resultar em processos administrativos e ações por improbidade, conforme estabelece a Lei nº 8.429/1992. O ministro Geraldo Alckmin tem até 30 dias, após o recebimento, para responder oficialmente ao requerimento.
Acesse a íntegra do documento: https://sl1nk.com/zHhNQ


