Empresa polonesa é acusada de fornecer explosivos para Israel usar em Gaza

Publicado em: 18/11/2025 15:44

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A empresa estatal polonesa, Nitro-Chem, foi acusada por organizações Pró Palestina de fornecer a Israel explosivos usados em bombas implantadas na Faixa de Gaza.

A fabricante teria fornecido TNT (trinitrotolueno) a empresas de armamento dos EUA para uso em projéteis, bombas e granadas militares exportadas para Israel. As informações do relatório foram levantadas pelas organizações pró Palestina Movimento da Juventude Palestina, Shadow World Investigations e Movement Research Unit.

A Nitro-Chem é a única grande produtora de TNT na União Europeia e na Otan, segundo o relatório. “Este TNT é enviado para empresas de fabricação de armas dos EUA para a produção de grandes bombas aéreas, particularmente a série de bombas MK-80, na qual os militares israelenses se basearam fortemente para conduzir o genocídio em Gaza”, publicou o Movimento da Juventude Palestina no X.

A Nitro-Chem também tem vendido explosivos, incluindo TNT, diretamente para Israel, ainda de acordo com o relatório. “Estima-se que 75 mil toneladas de explosivos tenham sido usadas contra a população de Gaza, com a empresa polonesa Nitro-Chem como fornecedora de TNT para as bombas da série MK-80, utilizadas por Israel”, afirmou o Movimento da Juventude Palestina no X.

Bombardeios aéreos que mataram milhares de palestinos não seriam possíveis sem o TNT fabricado pela empresa polonesa. No relatório é pedido que a Nitro-Chem e que as autoridades polacas que cessem “imediatamente o fornecimento de TNT para a produção de bombas e artilharia da série MK-80 usadas por Israel, bem como o fornecimento direto de explosivos a Israel”.

Israel lançou em Gaza o equivalente a duas bombas nucleares no primeiro mês da guerra, segundo o Observatório Euro-Med de Direitos Humanos. Mais de 25.000 toneladas de explosivos foram lançados no enclave.

Trump diz que príncipe saudita acusado de matar jornalista é 'incrível em direitos humanos'

Evitado após morte do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018, Mohammed bin Salman tenta elevar posição diplomática com trégua em Gaza; em visita com agenda cheia, americano quer concluir venda de caças F-35 e mais de R$ 3 tri em acordos

Folhapress | 14:24 – 18/11/2025


Notícias ao Minuto

Compartilhar

Faça um comentário