Com apoio total de Ibaneis Rocha, Celina Leão entra em 2026 com a maior base partidária já formada no DF e assume protagonismo na sucessão ao Palácio do Buriti

A sucessão ao Palácio do Buriti em 2026 já tem protagonistas definidos: o governador Ibaneis Rocha e a vice-governadora Celina Leão. Juntos, eles formaram a relação institucional mais estável das últimas décadas no Distrito Federal, e esse alinhamento agora se transforma na maior estrutura partidária já entregue a um candidato na disputa pelo comando do GDF.

Ao decidir deixar o governo em abril de 2026 para disputar o Senado, Ibaneis não apenas abre o caminho para que Celina assuma o Executivo de forma recorrente, como também consolida a transferência de uma base política robusta, construída ao longo de dois mandatos. MDB, PP, União Brasil, Republicanos, PL, PSD, Podemos e PRTB compõem o bloco que deve sustentar a pré-campanha da vice e garantir competitividade eleitoral em um cenário redesenhado pela prisão definitiva do ex-presidente Bolsonaro — fato que deixou o campo da direita brasiliense sem liderança natural.

A força dessa articulação tem origem direta na sintonia entre governador e vice. Desde 2019, Ibaneis delegou funções estratégicas, dividiu decisões e manteve Celina integrada ao núcleo central do governo. A relação contrasta com episódios históricos marcados por rupturas, como a rixa entre Roriz e Benedito Domingues, o isolamento de Maria de Lurdes Abadia ou o conflito entre Rollemberg e Renato Santana. No atual governo, não houve ruídos, disputas internas ou tentativa de esvaziamento político — um movimento raro na política local.

Com a largada para 2026, Celina precisará administrar tensões específicas, especialmente no PL, onde nomes como Alberto Fraga e Izalci Lucas tentam impulsionar Bia Kicis em rota de colisão com o projeto articulado por Ibaneis. Apesar disso, a vice chega ao jogo com um ativo que nenhum outro nome da direita ou centro-direita possui: a unificação histórica de partidos grandes em torno de um único projeto de continuidade.

Celina Leão surge, portanto, como peça central no futuro político do DF. Herdará a base mais sólida, o apoio explícito do governador, o diálogo estabelecido com Brasília e com a região e uma leitura pragmática do cenário pós-Bolsonaro. Se conseguir manter o bloco unido e neutralizar disputas internas, poderá disputar o Buriti com a maior musculatura já vista desde a redemocratização.

Com informações Radar-DF