Vacina do Instituto Butantan recebe registro da Anvisa; estudos indicam 74,7% de eficácia contra dengue sintomática e 89% contra formas graves. Oferta pelo SUS em 2026.

A Anvisa aprovou o registro do imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan, o primeiro produzido inteiramente no país para combater a dengue. A decisão reconhece segurança e eficácia testadas em ensaios clínicos multicêntricos, marcando etapa decisiva na biossegurança nacional.

Com o registro, o Ministério da Saúde deve incluir a vacina no calendário nacional e oferecê‑la exclusivamente pelo SUS. A previsão é ampliar o acesso em 2026, conforme a capacidade produtiva do Butantan e das parcerias industriais firmadas.

A formulação utiliza tecnologia de vírus vivo atenuado e mostrou eficácia global de 74,7% contra dengue sintomática e 89% contra formas graves, em população de 12 a 59 anos; a indicação pode ser ampliada no futuro, conforme novos estudos, conforme divulgado pela Agência Brasil.

Resultados dos estudos e eficácia

Os estudos publicados em periódico internacional apontaram proteção robusta contra os quatro sorotipos do vírus. A eficácia global de 74,7% significa redução substancial de casos sintomáticos, e 89% contra casos graves representa menor risco de hospitalização.

Incorporação ao SUS e estratégia de vacinação

O Ministério da Saúde levará o tema a comitê de especialistas para definir públicos prioritários e logística. A oferta será exclusiva pelo SUS, com implementação gradual conforme a capacidade de produção do Instituto Butantan e parceiros.

Financiamento e cooperação que viabilizaram o projeto

O desenvolvimento contou com aporte do BNDES e recursos do Novo PAC Saúde para expansão da planta do Butantan. Parcela relevante do investimento permitiu ensaios clínicos e fase de escalonamento industrial.

Parcerias internacionais e produção

A estratégia envolveu cooperação com a empresa chinesa WuXi para ampliar escala de produção e transferência de tecnologia. A aliança foi apontada pelo governo como essencial para garantir oferta em grande volume.

Cenário epidemiológico e próximos passos

Mesmo com queda de casos em 2025, autoridades reforçam ações contra o Aedes aegypti. A previsão é que a vacina integre o programa nacional já em 2026, ampliando proteção e reduzindo internações e mortes relacionadas à dengue.