Temer disse em Paris que Macron trabalha com Lula para formalizar o acordo UE-Mercosul, apesar da resistência do agronegócio francês.

Em Paris, Michel Temer afirmou que Emmanuel Macron estaria atuando junto a Luiz Inácio Lula da Silva para formalizar o acordo UE-Mercosul, ressaltando a importância da articulação entre blocos econômicos.

O ex-presidente avaliou que o Brasil já deveria ter conseguido o acordo há muito tempo, mas enfrenta resistência do setor agrícola francês. Temer usava broches com as bandeiras do Brasil e da França no paletó.

Temer também defendeu a necessidade de uma pacificação interna no Brasil, citando a Constituição e o respeito às instituições, e disse ver espaço para avanços no ambiente democrático, conforme divulgado pela Agência Brasil.

Resistência francesa

O governo da França tem exigido cláusulas de salvaguarda para proteger o agronegócio e condiciona apoio à inclusão de mecanismos que limitem importações caso produtores europeus sejam prejudicados no acordo UE-Mercosul.

Articulação política

Temer afirmou que blocos devem se conjugar e destacou o diálogo entre Macron e Lula como peça-chave para destravar o processo. A interlocução política é vista como determinante para a formalização do UE-Mercosul.

Efeitos e desafios

A formalização do acordo pode ampliar comércio e investimentos entre os blocos, mas exigirá mecanismos de proteção e consenso interno, tanto no Brasil quanto na União Europeia, para equilibrar interesses setoriais.