Quatro governadores de direita sinalizam concessão de anistia a Bolsonaro se eleitos, visando transferência de votos e promessa de pacificação do país.

Quatro governadores com perfil de centro-direita têm sido citados como potenciais candidatos à Presidência em 2026 e se posicionaram contra a prisão de Jair Bolsonaro, suscitando debates sobre anistia.

Os nomes mais mencionados são Tarcísio de Freitas, Ratinho Jr., Romeu Zema e Ronaldo Caiado, todos avaliados por líderes do centrão e da direita como alternativas para atrair o eleitorado bolsonarista.

O movimento ganhou força após a condenação definitiva de Bolsonaro a 27 anos e 3 meses pelo STF, com sua detenção na Superintendência da Polícia Federal e pedidos públicos por indulto ou anistia.

conforme divulgado pela Folha de S.Paulo.

O posicionamento dos governadores

Tarcísio de Freitas admitiu que, se eleito, assinaria uma anistia a Bolsonaro no primeiro dia de governo, defendendo a medida como ato de pacificação política e recuperaçao de apoios.

Ronaldo Caiado declarou intenção semelhante, prometendo “anistia ampla, geral e irrestrita” para os condenados do 8 de Janeiro, incluindo Jair Bolsonaro, como forma de encerrar conflitos.

Romeu Zema também afirmou que concederia anistia a Bolsonaro, comparando a discussão a decisões históricas sobre indultos, o que provocou críticas pela relativização de ações autoritárias.

Ratinho Jr. evitou apoiar explicitamente a anistia, criticou a prisão como gesto insensível do STF e defendeu a “pacificação” sem especificar mecanismos jurídicos para isso.

Pressões políticas e estratégia eleitoral

O pedido de indulto ganhou impulsão após Flávio Bolsonaro afirmar que o pai só apoiaria candidato que o perdoasse, e cobrou articulação com presidentes do Congresso para pautar anistia.

O PL reagiu iniciando ofensiva no Congresso para destravar tramitação da anistia, enquanto suspendeu salários e funções partidárias de Jair Bolsonaro após sua condenação.

Consequências jurídicas e eleitorais

A proposta de anistia levanta dúvidas sobre compatibilidade com decisões do STF e potencial reação de setores que defendem responsabilização por tentativa de golpe, criando risco de instabilidade institucional.

No plano eleitoral, a oferta de anistia a Bolsonaro busca transferir votos do bolsonarismo para candidatos do centrão e da direita, mas pode também afastar eleitores moderados preocupados com impunidade.