Itália desarticula esquema para cidadania italiana hoje
Em Moggio Udinese, polícia italiana desmonta esquema que forjava residência e cobrava até EUR 6.000 para agilizar a cidadania italiana de 84 brasileiros.
A polícia da Itália desarticulou uma organização que fabricava comprovantes de residência para acelerar pedidos de cidadania italiana, segundo investigações locais. O esquema atuou entre 2018 e 2024 em Moggio Udinese.
Os investigados montavam contratos de aluguel falsos, providenciavam documentos e organizavam viagens rápidas para concluir os processos nos órgãos italianos. Beneficiários pagavam em média EUR 6.000 por pessoa para obter o comprovante fraudulentamente.
Seis pessoas foram denunciadas por falsidade ideológica, entre elas servidores públicos; as autoridades apontam uma mulher albanesa e um homem brasileiro como líderes da operação, conforme divulgado pela Ansa.
Como funcionava o esquema
O método combinava a emissão de contratos de locação falsos, registros municipais de residência e deslocamentos curtos à Itália para formalizar pedidos. Esse procedimento permitia furar filas nos consulados em processos por descendência.
Acusados e valores
Segundo a polícia, os operadores cobravam cerca de EUR 6.000 por pessoa, com opção de pagar mais para evitar viagens. Ao todo, a organização movimentou mais de EUR 500 mil, e 84 brasileiros teriam sido beneficiados.
Contexto legal e impacto
A Itália reconhece a cidadania por jus sanguinis, ou seja, por ascendência, o que atrai pedidos de descendentes no exterior. Nos últimos anos, o governo restringiu regras, e casos de fraude já foram desmantelados anteriormente.


