Sétimo caso: paciente em remissão sustentada do HIV

Publicado em: 02/12/2025 21:04

Paciente de 60 anos está seis anos sem antirretroviral após transplante de células-tronco; estudo na Nature aponta remissão do HIV sem CCR5 Δ32.

Um homem de 60 anos, tratado em Berlim, permanece em remissão sustentada do HIV após receber um transplante de células-tronco alogênicas para tratar leucemia. O caso é o sétimo documentado no mundo.

O paciente foi diagnosticado com HIV-1 em 2009 e desenvolveu leucemia mieloide aguda em 2015, quando começou terapia antirretroviral (ART). Em outubro de 2015 recebeu o transplante e o câncer entrou em remissão.

Em 2018 a ART foi interrompida e, desde então, não foram detectados vírus competentes para replicação no sangue ou no tecido intestinal, indicando remissão sustentada por seis anos, conforme divulgado pela FolhaPress.

Como foi o tratamento

Segundo o estudo preliminar aceito na Nature, a sequência foi diagnóstico de HIV em 2009, deterioração em 2015 com início da ART e transplante alogênico em outubro daquele ano, seguido de interrupção da terapia em 2018.

O que isso significa para a cura do HIV

Os autores afirmam que a remissão ocorreu sem a rara mutação CCR5 Δ32, sugerindo que a redução do reservatório viral e mecanismos imunes pós‑transplante podem ser suficientes para controle duradouro do HIV.

Casos anteriores e contexto histórico

Até agora, curas completas foram observadas em pacientes que receberam transplantes para cânceres hematológicos, incluindo os conhecidos casos de Berlim, Londres, Genebra e outros centros, todos envolvendo renovação profunda do sistema imune.

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