Alcolumbre recua e retoma controle sobre Messias hoje
Alcolumbre adiou a sabatina de Jorge Messias por falta de documentos, retomando controle do calendário e obrigando o governo a negociar a tramitação.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, recuou da data que havia anunciado para a sabatina do indicado de Lula ao STF, Jorge Messias, numa tentativa de retomar o controle sobre o processo legislativo.
Até então, Alcolumbre vinha sinalizando que avançaria mesmo sem a documentação formal enviada pelo Planalto, mas a falta de apoio no plenário e pressão de colegas forçaram a suspensão da agenda previamente divulgada.
A postergação impede que o governo mantenha ou cancele a sabatina com base apenas na data já anunciada, dá margem ao Senado para negociar prazos e condições e reduz riscos de confronto aberto, conforme apurado pela Folha de S.Paulo.
Por que Alcolumbre recuou
Senadores e aliados avaliaram que marcar a sabatina sem a mensagem com documentos do Palácio iria contra normas da Casa e poderia gerar desgaste institucional. Alcolumbre chegou a considerar publicar notificação no Diário Oficial, mas desistiu.
Risco de rejeição e impasse
A indicação de Messias é bem avaliada por parte do Senado, mas há resistência: é preciso o voto de 41 dos 81 senadores para aprovar um ministro do STF. A possibilidade de derrota gerou receio de uma crise política inédita.
Negociações entre Senado e Planalto
Nos últimos dias, Lula conversou com senadores como Weverton Rocha, Otto Alencar e Omar Aziz. Fontes no Senado afirmam que o presidente deve dialogar com Alcolumbre para buscar um acordo antes do envio formal da documentação.
Consequências para a agenda do STF
Com o adiamento, Alcolumbre ganha flexibilidade para marcar a sabatina em seu tempo e postergar se achar necessário. A manobra diminui a tensão imediata, mas sinaliza quebra de confiança entre Senado e Executivo.


