Empresários se entregam por lavagem de dinheiro em SP
Dois suspeitos, apontados como intermediários de esquema de lavagem de dinheiro ligado ao PCC, se entregaram ao Deic; investigação aponta uso de empresas para ocultar recursos.
Alessandro Rogério Momi Braga, conhecido como Morango ou Alemão, e Manoel Sérgio Sanches, o Mané, se apresentaram à Polícia Civil em São Paulo na sexta-feira. Eles haviam sido alvo de mandados na última fase da operação.
O Deic descreve os dois como intermediários centrais de um grupo que prestava serviços de lavagem de dinheiro para a facção conhecida como PCC, usando uma rede de dezenas de empresas para simular negócios e repassar valores.
Na ação foram apreendidos 257 veículos avaliados em R$ 42 milhões. Mensagens e documentos indicam instruções para fracionar pagamentos e ocultar patrimônio, conforme divulgado pela Folha.
Como funcionava o esquema
Segundo a investigação, o grupo recebia dinheiro em espécie de coletores ligados ao crime e repassava valores a contas de empresas laranjas ou aos próprios coletores, simulando operações comerciais para justificar movimentações.
Evidências e papel dos suspeitos
Celulares apreendidos mostraram conversas com orientações práticas, como fracionamento de pagamentos e oferta de CNPJ para registrar bens. Braga é tratado como liderança e Sanches como sócio oculto no caso.
Apreensões, valores e desdobramentos
O relatório do Deic aponta movimentação direta de ao menos R$ 17 milhões em pouco mais de dois anos, valor que pode ser superior. A investigação segue com análise de documentos e diligências para localizar beneficiários.
Próximos passos da investigação
As autoridades devem ouvir os suspeitos e aprofundar a fiscalização sobre as empresas do grupo Key Car. A defesa foi procurada, mas não havia se manifestado oficialmente até a divulgação das informações.


