Financeiras que travam celular avançam apesar de ordens
Prática de financeiras que travam celular cresce mesmo com decisões judiciais; Kaspersky bloqueou 88 mil apps entre agosto de 2024 e julho deste ano.
Mesmo diante de ordens judiciais que vetam a prática, financeiras que travam celular em caso de calote continuam expandindo sua atuação. A técnica usa aplicativos que limitam funções até a quitação da dívida.
Relatório da Kaspersky mostra que o antivírus bloqueou 88 mil apps desse tipo entre agosto de 2024 e julho deste ano, sinalizando aumento na oferta de soluções de bloqueio remoto e pressão sobre devedores.
Tribunais e órgãos de defesa apontam violação de direitos do consumidor ao restringir o uso do aparelho, mas a fiscalização ainda não coibiu totalmente a disseminação desses serviços, conforme indicou a Kaspersky.
Como funcionam esses aplicativos
Esses programas atuam como bloqueadores, reduzindo acesso a chamadas, internet ou recursos do sistema quando detectam inadimplência. Em geral exibem aviso exigindo pagamento ou código para liberar o aparelho.
Decisões judiciais e limites legais
Juízes e entidades de proteção têm declarado a prática ilegal por ferir direitos contratuais e a posse do consumidor. Ainda falta legislação específica e mecanismos rápidos para responsabilizar fornecedores.
Riscos e orientações para consumidores
Quem tem o celular bloqueado perde acesso a serviços essenciais e pode ter dados em risco. Especialistas recomendam registrar queixa no Procon, buscar auxílio jurídico e evitar negociar com apps e empresas não verificadas.


