No encerramento da presidência brasileira no Mercosul, Lula pediu que a União Europeia tenha coragem para aprovar o acordo, enquanto o bloco busca alternativas comerciais.

Na 67.ª Cúpula do Mercosul, em Foz do Iguaçu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que as negociações com a União Europeia dependem agora de “vontade política e coragem” dos líderes europeus, após anos de impasse.

Sem conseguir concluir o tratado com Bruxelas, o bloco sul-americano tem buscado diversificar seus parceiros, e Lula citou em seu discurso conversas em curso com países como Japão e Vietnã como alternativas estratégicas.

A expectativa era assinar o acordo durante a cúpula, mas pressões internas no bloco europeu adiaram a decisão; Lula mencionou ainda uma carta de líderes da UE com previsão de aprovação em janeiro, conforme divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Negociações e alternativas do Mercosul

O presidente ressaltou que, diante da demora europeia, o Mercosul busca ampliar acordos com países do Pacífico e Ásia, destacando o diálogo com Japão e Vietnã como caminhos para reduzir dependência do mercado europeu.

Resistências na Europa e prazos

Líderes europeus teriam pedido tempo adicional para avaliar o texto, e governos como o da França exerceram pressão que impediu a assinatura no encontro. Von der Leyen e António Costa sinalizaram expectativa por janeiro.

Críticas internas ao bloco

Autoridades paraguaias lamentaram a perda da oportunidade, comparando o episódio a um noivo que esperou a noiva. O presidente argentino também criticou o Mercosul, apontando falhas na integração e excesso de burocracia, segundo relatos da cúpula.