Governo Lula teme interferência dos EUA na eleição

Publicado em: 24/12/2025 07:04

Apesar da boa relação entre Lula e Trump, o governo avalia risco de interferência dos EUA em 2026, citando ações recentes na Argentina e em Honduras.

O governo de Lula reconhece a ‘química’ entre os presidentes, mas considera provável uma tentativa de interferência dos EUA na disputa brasileira de 2026, semelhante a episódios recentes na região.

Autoridades apontam que a redução de tarifas e o levantamento de sanções da Lei Magnitsky podem ser um recuo tático de Washington, após a crise gerada pela tentativa de obstruir a prisão de Jair Bolsonaro.

A avaliação pública do Planalto é que Trump pode apoiar abertamente o candidato de direita e usar instrumentos diplomáticos e econômicos, por isso o governo busca medidas preventivas e cooperação internacional, conforme divulgado pela FolhaPress.

Precedentes na América Latina

O governo cita a Argentina, onde Washington condicionou ajuda a um bom desempenho da direita, e Honduras, com apoio explícito a candidatos conservadores e decisões como indulto a aliados, como exemplos de interferência dos EUA.

Medidas de “vacina” e cooperação

Como proteção, o Brasil tem ampliado a cooperação com os EUA no combate ao crime transnacional, uma das chamadas vacinas diplomáticas para reduzir tentativas de intervenção por motivos de segurança.

Risco de ação militar e negociações bilaterais

O governo coloca a prevenção de ação militar na Venezuela como prioridade, teme precedentes que justifiquem intervenções e negocia retirada de tarifas e restituição de vistos em reuniões previstas para janeiro.

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