Mesmo inelegível, ex-governador segue sendo usado como muleta política por aliados sem voto e sem discurso

Por Cláudio Ulhoa

A política do Distrito Federal entrou oficialmente na fase da negação. Mesmo após decisões claras da Justiça Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal, setores da oposição insistem em tratar José Roberto Arruda como se ele ainda estivesse no tabuleiro eleitoral de 2026. Não está. E não por opinião, torcida ou narrativa, mas por impedimento legal.

O curioso é que, quanto mais a realidade jurídica se impõe, mais cresce o desespero de quem depende do nome de Arruda para existir politicamente. Sem candidato competitivo, sem liderança consolidada e sem discurso próprio, a oposição parece ter escolhido viver de boato, áudio de WhatsApp e ilusão coletiva.

Nos bastidores, a estratégia é clara: manter o nome de Arruda circulando para tentar confundir o eleitor, criar fato político artificial e ganhar fôlego onde falta voto. O problema é que Justiça não funciona à base de esperança nem de corrente digital. Inelegibilidade não se revoga em grupo fechado nem em live improvisada.

Enquanto isso, o cenário real avança em outra direção. Pesquisas mostram nomes consolidados crescendo, alianças se formando e um eleitor cada vez mais atento a quem fala a verdade. A insistência em ressuscitar uma candidatura impossível só reforça a fragilidade de uma oposição que ainda não entendeu que 2026 não será decidido no grito, mas no voto.

No fim das contas, sobra uma pergunta simples: até quando vão insistir numa fantasia política que a lei já enterrou? Porque uma coisa é certa, negar a realidade pode render meme, mas não ganha eleição.