Primeira-dama teria driblado regras de segurança para ver Lula antes da relação ser pública; episódio reacende debate sobre ética e transparência de figuras públicas

Em 2018, muito antes de se tornar figura pública e primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, a Janja, esteve no centro de uma controversa visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na época em Curitiba. Segundo informações de um podcast produzido pelo portal UOL, Janja teria se apresentado como advogada para driblar as restrições impostas a visitas íntimas, já que o relacionamento dos dois ainda não era público.

Na ocasião, Lula brincou ao vê-la, dizendo que havia ganhado uma “advogata”, mesclando os termos “advogada” e “gata”. O episódio, no entanto, gerou discussões sobre os limites da ética e da legalidade. Juristas apontam que o ato pode configurar identidade falsa, mas ressaltam que a pena para tal delito seria branda e, possivelmente, já prescrita.

A revelação faz parte de uma estratégia maior de comunicação que busca humanizar Janja e consolidá-la como uma figura de destaque no cenário político. Apesar disso, críticas surgem em relação ao uso de recursos públicos para promover sua imagem, como em viagens internacionais ao lado do presidente.

A polêmica reacende o debate sobre o papel da primeira-dama e a transparência nas ações de figuras públicas. Enquanto admiradores veem Janja como uma mulher apaixonada e dedicada, detratores classificam a ação como um desvio ético. A narrativa continua a dividir opiniões e a reforçar discussões sobre moralidade na esfera pública.