O custo do conforto | Gabinete de Janja ultrapassa R$ 2 milhões anuais
Estrutura da primeira-dama custa quase R$ 2 milhões por ano, enquanto milhões de brasileiros enfrentam desigualdades e precariedade econômica
O recente levantamento divulgado pela Revista Oeste, apontando que o gabinete de Janja, esposa do presidente Lula, custa quase R$ 2 milhões anuais, traz à tona questões incômodas sobre prioridades e coerência no governo federal. Enquanto Lula e seu partido defendem discursos de austeridade e enfrentamento das desigualdades, o valor milionário destinado à estrutura de sua esposa contrasta fortemente com a realidade enfrentada por milhões de brasileiros.
A manutenção de um gabinete específico para a primeira-dama, com tamanho orçamento, levanta dúvidas legítimas sobre sua real necessidade. Afinal, não se trata apenas de um espaço administrativo, mas de uma estrutura digna de chefes de estado. É justo questionar quais são os critérios que justificam tamanho dispêndio em um país onde milhares dependem do auxílio emergencial para sobreviver.
Janja, que se projetou como uma figura pública influente, parece estar alinhada a uma prática política que contradiz os princípios básicos de empatia e economicidade que o governo diz defender. Enquanto isso, críticas à gestão de gastos são rapidamente rebatidas com narrativas de perseguição, uma estratégia já conhecida para desviar o foco.
O custo do gabinete é mais do que um número. É um reflexo de escolhas políticas que, ao que tudo indica, priorizam o conforto do círculo presidencial em detrimento das demandas urgentes da população. A pergunta que fica é: qual é o preço da coerência para o governo Lula?