No Rio de Janeiro, uma mulher foi flagrada tentando sacar empréstimo com o corpo de seu tio falecido; incidente reacende debates sobre moralidade e dignidade humana
Por Cláudio Ulhoa
Em um incidente chocante no Rio de Janeiro, Érica Nunes foi presa em flagrante tentando realizar um saque de R$ 17.000 usando seu tio falecido, Paulo Roberto Braga, de 68 anos, como se estivesse vivo. O caso ocorreu numa agência bancária local, onde Nunes foi acusada de vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude.
Funcionários do banco desconfiaram da situação ao perceberem que Braga não reagia. As suspeitas levaram à rápida intervenção do SAMU, que confirmou que o idoso já estava morto há horas. Contrariando a defesa de Nunes, que alegava morte súbita no local, imagens de segurança mostraram a sobrinha manipulando o corpo do tio na tentativa de concluir transações financeiras.
A tentativa de fraude veio à tona após funcionários filmarem o episódio, que rapidamente viralizou nas redes sociais, provocando indignação geral. O caso reacendeu debates sobre a dignidade humana e a desumanização, com muitos expressando horror pela falta de respeito com o falecido.
Especialistas legais discutiram as possíveis repercussões judiciais para Nunes, destacando o possível enquadramento por estelionato tentado, dado o uso de artifícios para iludir o banco. O incidente sublinha não apenas a audácia do crime, mas também a crescente insensibilidade perante a morte, que parece ser vista com preocupante normalidade.
Este caso bizarro serve de alerta sobre os extremos de fraude e o respeito necessário aos que já partiram, reiterando a necessidade de vigilância e ética na sociedade contemporânea.