Acusado de agressão, jogador só vai se pronunciar se caso for à Justiça
A modelo carioca Jannah Nebbeling, de 29 anos, acusou o jogador paraguaio Jorge Báez de agressão física, violência psicológica, abuso sexual e cárcere privado durante os três anos em que mantiveram um relacionamento. A jovem afirma que as agressões ocorreram ao longo do período em que estiveram juntos, entre 2022 e novembro de 2024, e que as ameaças do ex-jogador se estenderam até julho deste ano.
Báez, que teve passagem pelo clube Resende, no Rio de Janeiro, durante o Campeonato Carioca de 2016, também atuou pelo time paraguaio Olimpia. Procurado pela reportagem do EXTRA, ele afirmou que só irá se manifestar publicamente caso seja oficialmente citado pela Justiça.
Jannah relatou episódios de extrema violência, dizendo ter sido vítima de agressões físicas e sexuais, além de controle psicológico. A modelo compartilhou imagens nas redes sociais que mostram hematomas no rosto, ferimentos nos lábios e escoriações pelo corpo. Em um perfil criado no Instagram, ela divulgou um vídeo no qual aparece amarrada, o que, segundo ela, seria uma gravação feita durante o período em que foi mantida em cárcere privado no Paraguai.
“Jorge Báez me agredia, me humilhava. Em uma ocasião, ele chegou a me amarrar com cordas numa escada, me agredir com luvas de boxe e morder minha mão. Ele me bateu com luvas de boxe, dizendo que era para não machucar meu rosto, mas meus olhos ficaram roxos. Ele me controlava e abusou sexualmente de mim diversas vezes, enquanto eu estava inconsciente”, afirmou.
Jannah disse ter tentado denunciar Báez às autoridades paraguaias, mas desistiu após ser aconselhada por um médico. Segundo ela, o alerta foi de que o jogador poderia “comprar a polícia” por conta da influência que possuía no país.
“Durante nosso relacionamento, Jorge exercia controle absoluto sobre mim. Fui privada de liberdade, vivi cárcere privado por um ano, filmada em situação degradante e submetida a jogos sádicos que ele chamava de diversão”, relatou.
“Ele usava a manipulação, o dinheiro e o poder para me isolar do mundo, tentando apagar minha voz. Pagou inúmeras mídias para abafar. É jogador e tem um monte de privilégios. As agressões não foram apenas físicas. Foram psicológicas, constantes. Eu fui levada ao fundo do poço, descreditada, desacreditada e profundamente ferida. Tenho meu rosto deformado e com cicatrizes”, completou a modelo.
Jannah contou que conseguiu fugir do Paraguai após uma longa viagem de ônibus, de aproximadamente 40 horas, até chegar ao Rio de Janeiro. Lá, formalizou a denúncia na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), em Jacarepaguá.
“As provas estão sendo reunidas: vídeos, prints de mensagens, áudios e relatos que mostram o padrão de violência, chantagem, coação e desumanização. O que eu vivi foi violência e tortura. A Justiça precisa ser feita”, concluiu.
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