Alcolumbre critica governo e encurta prazo para Messias
Alcolumbre afirma interferência do Planalto na sabatina de Messias, exige envio de documentos e mantém data de 10 de dezembro para apreciação no Senado.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, acusou neste domingo de tentativa de interferência do governo federal no calendário de sabatina de Messias ao STF, marcada para 10 de dezembro, e cobrou respeito às prerrogativas da Casa.
Alcolumbre ressaltou que, embora a nomeação tenha sido publicada, a documentação exigida pela Comissão de Constituição e Justiça ainda não chegou ao Senado, o que tecnicamente impede a realização da sabatina até a conclusão da entrega.
O senador também afirmou ter votos suficientes para rejeitar a indicação e criticou o que chamou de tentativa de desqualificar opositores por meio de acordos fisiológicos entre Poderes, conforme divulgado pela FOLHAPRESS.
Cronograma e documentos pendentes
A indicação de Jorge Messias foi publicada em 20 de novembro e a sabatina ficou marcada para 10 de dezembro, um intervalo de 20 dias. O Senado exige histórico profissional e certidões negativas para iniciar a análise na CCJ.
Posição do governo e reação do Senado
A ministra Gleisi Hoffmann afirmou que o governo não busca rebaixar relações com o Senado e rejeitou insinuações sobre negociações. Do outro lado, Alcolumbre disse que reservou prazo coerente com indicações anteriores.
Riscos políticos e desdobramentos
Senadores admitem receio de crise se a indicação for rejeitada, algo raro desde o século 19. Aliados do Executivo avaliam que o presidente Lula precisaria negociar com Alcolumbre para preservar a nomeação de Messias.


