Arruda lidera rejeição e Cappelli segue atrás
Pesquisa mostra que José Roberto Arruda tem 53% de rejeição e Ricardo Cappelli aparece entre os nomes mais recusados pelo eleitor do DF
Por Cláudio Ulhoa
Os números mais recentes da pesquisa Realtime Big Data desmontam um discurso que José Roberto Arruda tenta sustentar nas redes sociais: o de que teria sido um dos melhores governadores da história de Brasília. A realidade captada nas ruas diz o contrário. Arruda aparece como o nome mais rejeitado do Distrito Federal, acumulando 53% de desaprovação, segundo o levantamento realizado entre 6 e 8 de dezembro de 2025.
É um índice pesado, que eleitoralmente o coloca em terreno pantanoso e longe de qualquer protagonismo real na disputa de 2026.
Enquanto Arruda tenta reviver uma narrativa que não encontra eco no eleitorado, o cenário aponta para um movimento muito claro: o público quer distância de velhos impasses políticos. Essa leitura fica ainda mais evidente quando se observa quem ocupa o topo das intenções de voto.
No cenário estimulado, Celina Leão domina com ampla vantagem, registrando 40% das intenções de voto no primeiro quadro testado e chegando a 50% quando Arruda é retirado da disputa.
O salto demonstra que parte significativa do eleitorado vê nela não apenas uma opção competitiva, mas a favorita natural, uma candidatura que se consolidou sem tropeços e com forte capilaridade entre diferentes faixas do público.
A performance de Celina também se destaca quando o tema é rejeição. Ela aparece com 27%, número muito inferior ao de Arruda e previsível para candidaturas de grande exposição. O dado fortalece a percepção de que sua imagem não carrega rejeição estrutural, um dos elementos mais decisivos em disputas majoritárias.
Se Arruda despenca e Celina dispara, quem também enfrenta dificuldade para captar apoio é Ricardo Cappelli, que aparece na pesquisa com apenas 6% das intenções de voto no primeiro cenário e 7% no segundo.
Não é apenas pouco, é um resultado que o coloca na lateral do jogo político, muito distante de qualquer possibilidade concreta de polarização ou crescimento sustentado. Para um nome que já ocupou posições de destaque em debates nacionais, o desempenho mostra que o eleitor brasiliense ainda não o enxerga como alternativa competitiva para comandar o DF.
Outro ponto que joga contra Cappelli é sua rejeição: 24%, número que, embora menor que o de Arruda, ainda é suficiente para dificultar qualquer arrancada. Em disputas majoritárias, rejeição funciona como teto, e o dele aparece visivelmente baixo.
O contraste entre os três é gritante. Enquanto Arruda tenta resgatar um passado que o eleitor claramente não deseja reviver, e Cappelli tenta se apresentar como novidade sem conseguir romper a barreira da irrelevância, Celina Leão se mantém isolada na liderança, sólida e com espaço para crescer.
Os números consolidam uma fotografia que deve preocupar adversários: Celina não apenas lidera, ela está em rota de vitória antecipada, com folga e regularidade estatística em todos os cenários.
Se a eleição fosse hoje, o Distrito Federal já teria um nome favorito. E esse nome, segundo o próprio eleitor, não é Arruda nem Cappelli.


