Arte e música transformam rotina de pacientes no Hospital São Vicente

Publicado em: 19/12/2025 11:42

Mostra artística e apresentação instrumental reforçam humanização do atendimento em unidade de saúde mental no DF

O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), referência em saúde mental no Distrito Federal, encerra o ano mostrando que cuidar vai além de protocolos médicos. A unidade promoveu o evento “Harmonia Visual – Arte e Música Transformando Vidas”, que levou obras produzidas por pacientes e apresentação musical ao vivo para dentro do ambiente hospitalar. O objetivo foi simples e profundo: humanizar o tratamento, estimular autoestima e aproximar a comunidade hospitalar por meio da arte.

Paredes antes neutras se transformaram em galeria. A mostra exibiu desenhos e produções manuais desenvolvidos pelos usuários nas oficinas terapêuticas da unidade. Cada traço representou um símbolo de superação e pertencimento. A proposta reflete uma diretriz central no cuidado em saúde mental: criar espaços de expressão e reconstrução pessoal.

O ponto alto do evento foi a participação do saxofonista Esdras Nogueira, que ofereceu um concerto sensível, acompanhado de relatos emocionados de pacientes e familiares. A performance reforçou o poder terapêutico da música no processo de recuperação. Segundo equipes técnicas, momentos como esse rompem o estigma e devolvem humanidade a quem enfrenta transtornos psíquicos complexos.

A diretora do HSVP, Thaís Braga, afirma que o encontro é resultado de um alinhamento entre clínica e cultura. Para ela, iniciativas que unem arte e cuidado ampliam a autoestima, diminuem ansiedade, favorecem vínculos e fortalecem a reinserção social.

Nos bastidores, profissionais também destacam que ações como essa ajudam a reduzir isolamento emocional e elevam a capacidade de diálogo entre pacientes e equipes assistenciais. O evento funcionou como vitrine do que o SUS pode construir quando aposta em abordagens humanizadas.

O HSVP mantém assistência 24 horas, com pronto-socorro especializado em saúde mental, acolhimento e oficinas terapêuticas permanentes. O evento deverá se repetir em 2026, com novas manifestações culturais e participação da comunidade local.

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