Presidente da Câmara aciona Polícia Legislativa após ser chamado de “excrementíssimo” por influenciador digital; episódio acende debate sobre limites do discurso público
Por Cláudio Ulhoa
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, acionou o Departamento de Polícia Legislativa contra o youtuber Felipe Neto após ser chamado de “excrementíssimo” em um evento na Câmara. O episódio, que ocorreu durante um seminário destinado ao debate público, foi marcado por um comentário de Neto, que afirmou estar fazendo uma piada.
Lira, por sua vez, expressou descontentamento com a postura do influenciador digital, argumentando que há uma confusão entre liberdade de expressão e o direito de ofender. “Isso não é liberdade de expressão, é ser mal educado”, declarou Lira em suas redes sociais, criticando o uso da plataforma para ganhar mídia e likes em detrimento do respeito e decoro parlamentar.
O ofício enviado à Polícia Legislativa por Lira sugere que as expressões utilizadas por Neto poderiam configurar uma prática criminosa contra a honra. O influenciador defendeu-se alegando que sua intenção era apenas satirizar e opinar, sem intenção de desrespeitar ou ofender.
Felipe Neto também evocou uma declaração do ministro Alexandre de Moraes, que defende a liberdade de expressão como um meio para manifestações de opiniões contrárias, jocosas e satíricas, mas não para discursos de ódio ou criminosos.
O incidente levanta questões importantes sobre os limites da liberdade de expressão no contexto político e a interpretação de declarações públicas em ambientes oficiais. Enquanto o debate sobre a conduta nas redes sociais e no espaço legislativo continua, o caso segue sob análise da Polícia Legislativa.
