Bolsa renova recorde com expectativa de corte de juros; Ibovespa foi a 158.554 pontos, dólar caiu a R$5,333 e IPCA-15 alcançou 4,5%, no teto da meta.

A Bolsa encerrou em novo recorde de fechamento, sustentada pelo maior apetite ao risco e pela expectativa de reduções das taxas de juros no Brasil e nos EUA. O movimento trouxe renovada confiança entre investidores.

O índice de referência do mercado, Ibovespa, subiu 1,70%, alcançando 158.554 pontos, com máxima intradiária de 158.713. A leitura também foi acompanhada pela forte queda do dólar frente ao real.

Dados do IPCA-15 mostraram alta de 0,20% em novembro e inflação acumulada de 12 meses em 4,5%, no teto da meta, reforçando a visão de desinflação e a percepção de cortes futuros na Selic, conforme divulgado pela FolhaPress.

Desinflação e impacto nas expectativas

O resultado do IPCA-15 surpreendeu levemente, mas manteve a trajetória de queda ao longo dos meses. Analistas dizem que a valorização do câmbio recente e a queda dos alimentos ajudam na desinflação.

Especialistas ouvidos destacaram que a leitura mantém a chance de início do ciclo de cortes já no começo de 2026, e que a autoridade monetária sinaliza que aumentar a taxa não é o cenário base.

Movimento do mercado e câmbio

O pregão foi marcado por avanço concentrado em bancos, puxando o índice para recorde. O dólar registrou queda de 0,79%, cotado a R$5,333, refletindo fluxo para ativos de risco diante de expectativas de juros mais baixos.

O movimento lembra a sequência de alta de novembro, com investidores buscando exposição em ações ante a perspectiva de menor custo de oportunidade oferecido por títulos.

Cenário externo e expectativas do Fed

No exterior, o Livro Bege do Fed apontou aumento moderado de preços e leve desaceleração do mercado de trabalho, alimentando apostas em cortes de juros. Ferramentas de mercado indicam alta probabilidade de redução na reunião de dezembro.

Analistas ressaltam que indicadores-chave, como o payroll, serão divulgados após a reunião do Fed, o que pode criar algum grau de incerteza sobre o timing das decisões monetárias internacionais.