Líder de um dos estados mais bem avaliados do país, governador goiano deve dividir, se Lula comparecer, o palanque com um presidente marcado por escândalos e promessas vazias

Por Cláudio Ulhoa

Nesta sexta-feira (17), Goiânia pode ser palco de um encontro político carregado de simbolismo: de um lado, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), gestor reconhecido nacionalmente pela eficiência administrativa e pelos avanços na segurança pública e na educação; do outro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chega ao evento da inauguração de uma estação de tratamento de esgoto com o peso de um governo desgastado por crises e denúncias de má gestão.

A obra, iniciada ainda no antigo PAC da era Dilma Rousseff, foi retomada graças ao empenho do governo estadual. Caiado deve ressaltar o longo tempo de espera por investimentos federais e, principalmente, o contraste entre o trabalho sério de sua gestão e os escândalos que marcam a atual administração petista, de rombos no INSS a problemas na educação e atrasos em programas sociais.

Enquanto Caiado consolida Goiás como um dos melhores estados para se viver, com índices de segurança entre os mais altos do país e avanços concretos em áreas estratégicas, Lula enfrenta vaias por onde passa e críticas até dentro de sua base aliada. Há quem diga, nos bastidores, que o presidente pode não aparecer ao evento temendo o confronto com o governador, que fala com autoridade e tem o respeito do povo goiano.

A dúvida que paira é simples: Lula terá coragem de encarar um gestor que representa eficiência e resultados? Ou preferirá evitar o olhar direto de um adversário que, com trabalho e transparência, transformou Goiás em exemplo de governança no Brasil?