Governador goiano tem razão ao exigir que o União largue a base de um governo carcomido por contradições

Por Cláudio Ulhoa

Ronaldo Caiado não apenas acertou o tom, como fez o que poucos têm coragem: expôs a vergonha que é o União Brasil continuar servindo de muleta para um governo como o de Lula. Chamar essa aliança de “situação desmoralizante” chega a ser até educado. Afinal, o que o Planalto oferece em troca? Mais do mesmo: discursos messiânicos recheados de frases de efeito, promessas que não se sustentam e aquele velho “jeitinho” de se agarrar ao poder como se fosse eterno.

Lula, que adora posar de conciliador, virou especialista em colecionar partidos como quem junta figurinhas, sem qualquer pudor. Não importa se a conta não fecha, se o país patina ou se a base aliada parece um Frankenstein político. Para ele, o importante é manter a máquina girando e seus fiéis bajuladores alimentados com cargos. Caiado, por outro lado, mostra o que é liderança de verdade: fala claro, não se rende à conveniência e defende a dignidade política de seu partido.

A permanência do União nesse circo montado pelo Planalto não apenas mancha a legenda, mas a transforma em cúmplice de um governo que insiste em empurrar o Brasil para o atraso. A saída, como disse Caiado, é a única chance de resgatar respeito e coerência. No fim das contas, enquanto Lula se perde em sua própria retórica cansada, é Caiado quem aparece como alternativa real e corajosa para um país que já não aguenta mais tanta encenação. Foto: (Vinicius Loures/Câmara dos Deputados/Divulgação)