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Por Cláudio Ulhoa

Cappelli | O “gestor de Instagram” que quer “salvar” Brasília

Publicado em: 15/10/2025 10:00

De aliado de governos fracassados a guru da transparência, Ricardo Cappelli tenta vender nas redes a imagem de santo moderno, mas seu histórico político entrega mais marketing do que moral

Por Cláudio Ulhoa

Ricardo Cappelli é o típico político que acorda, se olha no espelho e acredita na própria propaganda. De assessor de bastidor, virou estrela das redes, com vídeos inspiradores, falas ensaiadas e um ar de “técnico iluminado” pronto para salvar Brasília da corrupção e do caos. Pena que a realidade insiste em desmentir o personagem.

Avançando no tempo, o mesmo Cappelli que se encantava com autoritarismos virou figura carimbada na política nacional, sempre coladinho em Flávio Dino, aquele que prometeu erradicar a fome no Maranhão e terminou com o estado liderando os índices de extrema pobreza no país. Qual foi o resultado? Um legado de miséria disfarçado de discurso social. E lá está Cappelli, de terno, agora em Brasília, gravando vídeos com cara de estadista, falando em ética, gestão e transparência, como se o passado tivesse sido apenas uma fase.

Mas o povo não tem memória curta. Sabe reconhecer o tipo: o “gestor moderno” que fala bonito, posa de moralista e age conforme o vento sopra. Cappelli tenta vender a imagem de bom samaritano da República, mas é o mesmo de sempre, um homem moldado pelo jogo político, não pela convicção. O problema é que Brasília já viu esse filme várias vezes: o protagonista promete ser diferente, mas o roteiro é sempre o mesmo.

Cappelli se dedica a produzir vídeos motivacionais sobre transparência, quase um influenciador de PowerPoint. Ele parece realmente acreditar que uma boa edição e um discurso decorado bastam para apagar anos de conveniência política.

No fim, Cappelli não é santo, nem salvador. É só mais um personagem bem produzido da velha política tentando viralizar a própria redenção. E se tem algo que o brasileiro aprendeu nos últimos tempos, é que por trás de cada “novo gestor exemplar” costuma haver o mesmo velho projeto de poder, apenas com filtro de Instagram.

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