Cigarro eletrônico em evidência: entenda os impactos e como proteger sua família dos riscos do vape

Rascunho automático ilustrando pulmão dividido com partículas de vape entrando pelas vias aéreas
Publicado em: 24/11/2025 18:04

Por que o cigarro eletrônico ganhou espaço entre jovens e adultos, como o aerosol afeta o corpo, e quais sinais pedem atenção imediata

O apelo do design discreto e dos sabores faz o cigarro eletrônico parecer inofensivo. Na prática, o dispositivo entrega nicotina e compostos que irritam e inflamam as vias aéreas, com impacto que não é trivial.

Ao aquecer líquidos, o vape forma um aerosol com partículas ultrafinas, solventes e flavorizantes. Esse material alcança os alvéolos, afeta o coração e favorece a dependência à nicotina, especialmente entre iniciantes.

Autoridades alertam para riscos respiratórios, cardiovasculares e para o cérebro em desenvolvimento. Informação e fiscalização são centrais para conter o uso, na ausência de fontes enviadas, este texto referencia comunicados públicos da Anvisa e da OMS.

Como o vape funciona e por que o aerosol não é vapor de água

O cigarro eletrônico aquece um líquido composto por nicotina, propilenoglicol, glicerina e aromatizantes. O resultado é um aerosol, não vapor de água, que carrega substâncias ao sistema respiratório.

As partículas ultrafinas penetram fundo nos pulmões, alcançam os alvéolos e podem gerar inflamação. Há relatos de metais e aldeídos formados no aquecimento, o que amplia o potencial de irritação.

A combinação de sabor doce, sensação suave e alta entrega de nicotina facilita a adesão. O consumo repetido reforça circuitos de recompensa, elevando a probabilidade de uso compulsivo.

Dependência e impacto no cérebro, o risco para adolescentes

A nicotina age em receptores cerebrais e libera dopamina, reforçando o hábito. Em jovens, o cérebro em desenvolvimento é mais sensível, o que aumenta o risco de dependência rápida.

Usuários relatam piora de atenção e memória, além de ansiedade. O padrão de tragadas frequentes, ao longo do dia, mantém níveis elevados de nicotina e dificulta a interrupção do uso.

O apelo de sabores e o marketing social tornam o cigarro eletrônico parte do cotidiano escolar. Isso normaliza o consumo e mascara os riscos reais do produto.

Pulmão, coração e boca, danos associados ao cigarro eletrônico

No pulmão, o aerosol pode agravar tosse, chiado e crises de bronquite. Casos graves de lesão pulmonar foram descritos em produtos ilícitos, o que reforça a preocupação com a composição dos líquidos.

No coração, a nicotina eleva frequência cardíaca e pressão arterial, o que sobrecarrega o sistema cardiovascular. Em pessoas suscetíveis, isso pode precipitar sintomas relevantes.

Na boca e na garganta, é comum irritação e ressecamento. Sinais de sangramento gengival e dor ao engolir exigem avaliação, já que indicam inflamação persistente.

Regulação, escolas e famílias, o que fazer agora

A Anvisa mantém proibida a venda, a importação e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar. A oferta irregular demanda fiscalização, com foco em pontos de venda e no comércio online.

Em escolas, a informação clara sobre riscos do cigarro eletrônico ajuda a reduzir a iniciação. Materiais educativos e apoio psicossocial são aliados para conter o avanço do vape.

Quem usa e sente falta de ar, dor no peito, tontura ou náusea deve buscar atendimento. Para quem deseja parar, orientação profissional aumenta as chances de sucesso e reduz recaídas.

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