Enquanto retira R$ 42,3 bilhões da educação, o governo prioriza uma estatal aeroespacial, deixando alunos e professores sem recursos básicos
Por Cláudio Ulhoa
O governo Lula mais uma vez expõe suas contradições ao anunciar cortes de R$ 42,3 bilhões no orçamento, atingindo diretamente a educação, enquanto avança com projetos de alto custo, como a criação de uma estatal aeroespacial. A promessa de expandir escolas de tempo integral, amplamente defendida na campanha, parece agora um sonho distante. Estados e municípios, que dependem de recursos federais, serão deixados à própria sorte, comprometendo o futuro de milhares de estudantes.
Ao mesmo tempo, o governo insiste em priorizar uma nova empresa estatal voltada para projetos aeroespaciais, que poderá favorecer empresas estrangeiras, especialmente chinesas, gerando preocupações sobre soberania nacional. Enquanto a educação, já em situação crítica, sofre com cortes, o Planalto investe em iniciativas que muitos consideram desnecessárias e desconectadas da realidade de um país onde milhões ainda carecem de acesso ao ensino básico de qualidade.
Essa escolha levanta um questionamento inevitável: o governo está mais preocupado em consolidar narrativas políticas e atender interesses externos do que em resolver problemas urgentes do Brasil? O corte na educação não só enfraquece a formação de cidadãos, mas também escancara o descaso com o setor que deveria ser o pilar para o desenvolvimento do país.
O Brasil precisa de investimentos que priorizem o povo, não de projetos megalomaníacos que beneficiam poucos e ignoram os verdadeiros desafios da nação.