Dólar abre estável nesta quinta-feira com Copom mantendo Selic a 15% e Fed cortando juros; investidores avaliam sinais externos e o risco político doméstico.

O dólar começou o dia próximo da estabilidade, após o Copom manter a taxa Selic em 15% na última reunião do ano. No centro das atenções estão sinais sobre quando o BC iniciará cortes locais e o efeito do movimento externo.

Às 9h04 a moeda norte-americana subia 0,01%, cotada a R$ 5,4680, depois de fechar a quarta em R$ 5,465, alta de 0,51%. A Bolsa de São Paulo avançou 0,69%, a 159.074 pontos, refletindo fluxo global e cautela doméstica.

Nos EUA, o Federal Reserve aplicou o terceiro corte consecutivo, levando a taxa a 3,5%–3,75%, e Jerome Powell disse que a política não segue um curso predefinido. No Brasil, ruídos políticos também influenciam investidores, conforme divulgado pela FolhaPress.

Copom e perspectivas para a Selic

O Copom manteve a Selic em 15% sem dar calendário claro para cortes futuros, aumentando a expectativa por dados de inflação e atividade. Produtores e mercados pressionam por início dos cortes, mas o BC prefere aguardar sinais adicionais.

Corte de juros nos EUA e reação externa

O Federal Reserve reduziu a taxa em 0,25 ponto, com placar de 9 a 3 em favor do corte, e sinalizou perspectivas de crescimento maiores em 2026. O índice DXY caiu 0,58% a 98,64, e Wall Street registrou alta, ajustando fluxos globais.

Risco político e impacto no câmbio

No Brasil, a aprovação na Câmara de projeto que reduz penas relacionadas ao episódio de 8 de janeiro elevou a incerteza institucional. A movimentação afeta o apetite por risco e ajuda a explicar parte do descolamento do dólar frente a outras divisas.