Dólar hoje volta a cair e fecha abaixo dos R$ 5,45, seguindo movimento do exterior
O dólar voltou a cair no Brasil e encerrou a terça-feira novamente abaixo dos R$ 5,45, em uma sessão de modo geral mais favorável a moedas emergentes em todo o mundo, ainda que o presidente dos EUA, Donald Trump, tenha ameaçado aplicar novas tarifas de importação sobre produtos e países.
Na véspera, Trump publicou no Truth Social cartas endereçadas aos líderes de 14 países ameaçando tarifas de 25% a 40% a partir de 1º de agosto. Os principais parceiros comerciais dos EUA, Japão e Coreia do Sul, estavam entre o grupo, assim como Malásia, África do Sul e Indonésia.
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Qual a cotação do dólar hoje?
A moeda norte-americana à vista fechou com queda de 0,63%, aos R$ 5,4466. No ano, a divisa acumula baixa de 11,85%. Já a divisa comercial fechou em queda de 0,59%, a R$ 5,445 na compra e na venda.
Às 17h18 na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido — cedia 0,82%, aos R$ 5,4755.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,445
- Venda: R$ 5,445
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,476
- Venda: R$ 5,656
Na segunda-feira o dólar havia subido mais de 1% ante o real após Trump ameaçar impor tarifas a países do Brics com políticas “antiamericanas”, além de estabelecer novas taxas a alguns parceiros comerciais, como Japão e Coreia do Sul.
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Passado este primeiro impacto, o dólar despencou ante o real já no início da sessão desta terça-feira, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes e exportadores de commodities no exterior.
“Ontem o dólar ganhou valor e ficou estressado aqui por conta das tarifas, mas hoje o mercado já assimilou que Trump vai aplicar novas taxas em agosto, o que deu uma acalmada”, comentou João Oliveira, head da Mesa de Operações do Banco Moneycorp.
Ainda que Trump tenha feito novas ameaças tarifárias nesta terça-feira, inclusive para países do Brics, o dia foi de baixa para o dólar ante a maioria das divisas de emergentes e exportadores de commodities, incluindo o real, o rand sul-africano ZARUSD=R e o peso mexicano – moedas de países do Brics que, na véspera, haviam sido penalizadas.
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Assim, após marcar a cotação máxima de R$5,4890 (+0,15%) às 9h00, na abertura da sessão, o dólar à vista atingiu a mínima de R$5,4357 (-0,82%) às 15h56.
Internamente, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou durante a tarde a intenção da autarquia de buscar a meta contínua de 3% de inflação.
“Ao colocar a taxa de juros em 15%, dificilmente eu e os meus colegas do Copom vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025. Mas eu durmo muito tranquilo sabendo que o que eu estou fazendo é cumprir a meta e perseguir a meta, e tenho absoluta convicção que este é o papel do Banco Central”, disse Galípolo.
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Pela manhã, em sua operação diária de rolagem, o Banco Central vendeu toda a oferta de 35.000 contratos de swap cambial tradicional.
No exterior, apesar de ceder ante boa parte das divisas de emergentes, o dólar sustentava ganhos ante o iene JPY= no fim da tarde, após o Japão ter sido penalizado na véspera pela artilharia tarifária de Trump. Com isso, às 17h15, o índice do dólar =USD — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes, incluindo o iene — subia 0,13%, a 97,481.
(Com Reuters)
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