O Drenar DF é a maior iniciativa de drenagem subterrânea da capital e busca resolver problemas antigos de alagamentos em áreas críticas do Plano Piloto e Taguatinga. Saiba mais sobre o projeto e as etapas de sua execução
Por Cláudio Ulhoa
O Drenar DF é o mais ambicioso projeto de drenagem subterrânea de Brasília, que visa resolver problemas antigos de alagamentos em áreas críticas do Plano Piloto e Taguatinga. Com um investimento de R$ 174 milhões, o projeto consiste na construção de uma nova rede de escoamento de águas pluviais, que já teve seu pontapé inicial em 10 de janeiro deste ano.
A nova rede de escoamento terá uma extensão de 7,68 km e será construída nas quadras 401/402 e 201/202, regiões que mais sofrem com grandes alagamentos. As obras incluem a instalação de tubulações que sairão das redondezas do Estádio Nacional Mané Garrincha e seguirão pela via L4 Norte até o Lago Paranoá, em paralelo às quadras 902, 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando o Eixo Rodoviário Norte (Eixão) e a L2 Norte.
Ao final do percurso, uma bacia de retenção será construída para reduzir a velocidade e melhorar a qualidade das águas pluviais antes que o volume desague no Paranoá. Essa bacia fará parte do Parque Internacional da Paz, um espaço que une lazer e natureza no Setor de Embaixadas Norte. O projeto também conta com ciclovia, praça e paisagismo, com a plantação de mais de 200 árvores e arbustos de espécies típicas do cerrado.
O presidente da Terracap, Izidio Santos, explica que o sistema de drenagem atual da Asa Norte, concebido na criação da cidade, não é suficiente para escoar toda a água devido à intensa urbanização da região. Além disso, a topografia da área colabora para os alagamentos, já que o início da Asa Norte está localizado em um vale. Por isso, o sistema de drenagem será duplicado para solucionar esse problema.
O Drenar DF não se limita apenas ao início da Asa Norte. A segunda etapa do projeto contemplará as quadras 10 e 11 da Asa Norte, e a última fase será executada na Asa Sul, na altura das quadras com final 13. O projeto demandou empenho do governo para alinhar a questão entre os diversos órgãos envolvidos e, após décadas de espera, finalmente está sendo colocado em prática.
