Deputado chama acusação de “distorção maliciosa” e alerta para o uso político de tragédias; projeto de anistia enfrenta resistência no Congresso

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou as redes sociais nesta semana para repudiar tentativas de associar o ataque ocorrido na Praça dos Três Poderes ao ex-presidente Jair Bolsonaro e à direita brasileira. Em publicação assinada como secretário de Relações Institucionais do PL, Eduardo classificou as acusações como uma “distorção inaceitável” dos fatos, com o objetivo de prejudicar o andamento do projeto de anistia para investigados nos atos de 8 de janeiro.

O projeto em discussão no Congresso Nacional prevê o perdão a participantes de atos políticos ou eleitorais entre outubro de 2022 e a data de sua possível sanção. Segundo o deputado, a anistia é fundamental para pacificar o país e restaurar a normalidade institucional. Eduardo destacou que o incidente no STF não foi um ataque, mas um ato de suicídio, e ressaltou que o autor havia manifestado rejeição tanto a Bolsonaro quanto a Lula.

Eduardo alertou ainda sobre o risco de manipular tragédias para dificultar a aprovação da anistia. O debate, que já enfrentava resistência, perdeu força após o episódio. Parlamentares negociavam uma anistia restrita, abrangendo penas consideradas excessivas, mas o contexto abalou as tratativas.

Com a suspensão das negociações, a oposição precisará definir sua postura diante do impasse. O tema segue como ponto de divisão no Congresso e na sociedade brasileira.