Eduardo Bolsonaro, o exílio estratégico e a crise institucional no Brasil
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Enquanto é alvo de perseguições no Brasil, Eduardo articula nos bastidores internacionais e pode se tornar peça-chave na relação com os Estados Unidos sob apoio de Trump
Por Cláudio Ulhoa
A possível nomeação de Eduardo Bolsonaro como embaixador honorário dos Estados Unidos no Brasil, caso receba asilo político de Donald Trump, acende discussões diplomáticas e jurídicas relevantes. Embora títulos como cônsul honorário existam, sua imunidade seria limitada, especialmente se Eduardo mantiver a cidadania brasileira. Isso o tornaria alvo fácil da perseguição que, segundo seus aliados, já sofre por ser filho de Jair Bolsonaro e figura central da direita brasileira.
Ficar nos EUA, portanto, não seria covardia, mas estratégia. Eduardo tem acesso direto ao alto escalão americano, inclusive à família Trump, o que o tornaria uma ponte viva entre denúncias contra o Brasil e a comunidade internacional. Sua atuação externa vale mais que uma cadeira na Comissão de Relações Exteriores.
Enquanto isso, eventos como o jantar oferecido por Alexandre de Moraes a Rodrigo Pacheco — com presença de figuras-chave do Congresso — revelam os bastidores do poder que blindam ministros do STF. A ausência de transparência sobre quem financiou esse encontro levanta suspeitas éticas, especialmente considerando os vínculos familiares de Moraes com escritórios que atuam nos tribunais superiores.
Em tempos de insegurança institucional, os símbolos importam. E Eduardo, goste-se ou não dele, representa resistência para uma parcela significativa da sociedade brasileira.