Trump ameaçou ação terrestre ‘muito em breve’ contra narcotraficantes; Maduro pediu prontidão da força aérea, elevando a tensão sobre intervenção militar na Venezuela.

O presidente dos EUA afirmou que as forças americanas vão começar em breve operações por terra contra narcotraficantes vinculados à Venezuela, numa escalada das tensões entre Washington e Caracas.

Em resposta, o governo venezuelano elevou o estado de alerta, com o presidente Nicolás Maduro ordenando prontidão total da força aérea e exercícios de defesa para proteger o espaço aéreo nacional.

Os movimentos incluem ativação de navios e aeronaves na região do Caribe e do Pacífico, além de medidas administrativas sobre companhias aéreas, que afetaram voos para Caracas.

conforme divulgado pela AFP.

Movimentação militar e ações navais

Autoridades norte-americanas relatam ataques no mar que teriam derrubado mais de 20 embarcações e causado mais de 80 mortos desde 1.º de setembro, com apoio de um destacamento naval que inclui o porta-aviões Gerald R. Ford.

Resposta de Caracas e ordens de prontidão

Maduro pediu que a aviação esteja “alerta, pronta e disposta”; tropas realizaram simulações de interceptação em Maracay, enquanto o ministro Vladimir Padrino López criticou a militarização do Caribe como ação imperialista.

Impacto no tráfego aéreo e medidas diplomáticas

Venezuela revogou autorizações de seis companhias, entre elas TAP, Iberia e Gol, e o Aeroporto de Maiquetía operou com capacidade reduzida; a IATA pediu reavaliação e a FAA havia recomendado cautela ao sobrevoar a região.

Contexto regional e alianças

A vice-presidente Delcy Rodríguez acusou a administração americana de tentar isolar Caracas e pediu maior conexão com Moscou; governos vizinhos concederam apoio operacional em iniciativas contra o tráfico.