Exportações de carne bovina do Brasil batem recorde em junho
Volume de 341.555 toneladas supera pico anterior, com receita de US$ 1,5 bilhão; EUA, 2º maior comprador, preocupam com nova taxação
As exportações totais de carne bovina do Brasil totalizaram 341.555 toneladas em junho, montante 40,8% superior às 242.538 toneladas no mesmo mês de 2024 e 7% acima do recorde de 319.289 toneladas exportadas em outubro de 2024.
A receita alcançou US$ 1,505 bilhão, ante US$ 970,7 milhões em junho. Os dados foram compilados pela Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), com base nas informações da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) e do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
O levantamento considera diferentes tipos de produtos bovinos destinados ao mercado externo, como carnes in natura, carnes processadas, miudezas comestíveis, entre outros.
COMPARAÇÃO SEMESTRAL
- 1º semestre de 2024: 1.440.439 toneladas e US$ 5,819 bilhões
- 2º semestre de 2025: 1.690.229 toneladas (+17,3%) e US$ 7,446 bilhões (+28%).
PRINCIPAIS MERCADOS
China
O maior cliente do Brasil no mercado de carne bovina apresentou crescimento expressivo nas compras durante o 1º semestre de 2025.
- Volume: aumentou 11,3%, passando de 567.683 toneladas em 2024 para 631.907 toneladas em 2025;
- Receita: crescimento de 27,4%, chegando a US$ 3,204 bilhões, ante US$ 2,516 bilhões no mesmo período do ano anterior;
- Preço médio: subiu de US$ 4.433 por tonelada para US$ 5.071.
Atualmente, a China responde por 43% da receita total do Brasil com carne bovina e por 37,4% do volume exportado.
Estados Unidos
O 2º maior importador de carne bovina brasileira registrou crescimento expressivo no 1º semestre de 2025:
- Volume: aumento de 85,4%, totalizando 411.702 toneladas;
- Receita: alta de 99,8%, alcançando US$ 1,287 bilhão;
O mercado norte-americano passou a responder por 24,4% do volume e 17,3% da receita total.
No entanto, o setor enfrenta incertezas devido à tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada em 9 de julho pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano) e prevista para vigorar a partir de 1º de agosto. Essa medida já provocou cancelamentos de pedidos por parte de clientes norte-americanos, que aguardam uma solução para o impasse.
Chile
O país foi o 3º maior comprador no 1º semestre deste ano:
- Volume: aumento de 21%, para 58.584 toneladas em 2025;
- Receita: crescimento de 37,4%, de US$ 229,4 milhões para US$ 315,2 milhões.
México
O México ocupa a 4ª posição entre os maiores compradores de carne bovina brasileira e apresentou crescimento expressivo no 1º semestre de 2025:
- Volume: aumento de 189%, passando de 17.993 toneladas em 2024 para 52.104 toneladas em 2025;
- Receita: alta de 235%, de US$ 82,3 milhões para US$ 276,4 milhões.
No total, 118 países aumentaram suas compras de carne bovina brasileira nos primeiros 6 meses de 2025, enquanto 51 países reduziram suas aquisições.
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