Influenciador pode ter utilizado recursos de entidade internacional para campanhas durante as eleições de 2022, levantando suspeitas de interferência no processo democrático

Por Cláudio Ulhoa

O influenciador digital Felipe Neto está no centro de uma polêmica após denúncias de que seu instituto teria recebido recursos da Open Society durante o período eleitoral de 2022. Segundo revelações recentes, os valores teriam sido utilizados para a produção de guias temáticos divulgados em redes sociais e no chatbot do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A legislação brasileira proíbe expressamente que candidatos ou partidos recebam qualquer tipo de financiamento de entidades estrangeiras, direta ou indiretamente. No entanto, críticos apontam que o Instituto Felipe Neto, envolvido em campanhas para jovens tirarem o título de eleitor e no combate à “desinformação”, pode ter infringido essa regra.

A possível relação entre os fundos estrangeiros e a influência digital de Felipe Neto, que conta com milhões de seguidores, levanta questionamentos sobre interferência no processo democrático. Parlamentares já defendem a abertura de uma CPI para investigar o caso, podendo levar a sanções severas caso a irregularidade seja comprovada.

O tema reacende o debate sobre o impacto do financiamento externo na política nacional e o papel das big techs e influenciadores na formação da opinião pública durante as eleições.