Golpe de estado | O conceito real e as acusações infundadas contra Bolsonaro
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Narrativa de golpe ignora fundamentos do termo e transforma divergências políticas em rótulos que fragilizam o debate democrático
Por Cláudio Ulhoa
Nos últimos tempos, muito se fala em “golpe de estado” quando o nome de Jair Bolsonaro entra em pauta. No entanto, é importante refletir: o que realmente define um golpe? Segundo a teoria política, um golpe de estado é um ataque direto ao povo, ao território ou aos direitos fundamentais de uma nação, elementos que formam a base do estado. Ações como as de narcotraficantes, que tomam territórios e subvertem as leis nacionais, são exemplos claros.
Por outro lado, a associação de Bolsonaro a essa ideia parece mais uma estratégia política do que uma acusação fundamentada. Durante seu mandato, Bolsonaro defendeu pautas como eleições limpas e o fortalecimento da democracia. É válido criticar escolhas políticas, mas acusá-lo de golpismo é ignorar o real conceito do termo.
A narrativa de que Bolsonaro planeja um golpe é, no mínimo, exagerada. Em vez disso, ele se tornou símbolo de uma parcela significativa da população que questiona abusos de poder e clama por mudanças. Confundir divergências políticas com ações golpistas não só desinforma, como também enfraquece o debate democrático.
O Brasil precisa de mais diálogo e menos rótulos. Demonizar figuras políticas sem provas concretas só contribui para a polarização e impede que questões reais, como a insegurança jurídica e os abusos em regiões dominadas por criminosos, sejam enfrentadas de forma eficaz. Golpe de estado é uma coisa; discordância política, outra bem diferente.